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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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Chiara não ouvia mais os cavalos e, nem os disparos que vinham <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

prédio. Agora estava com quatro vampiros ao seu re<strong>do</strong>r. A criança caminhava em sua<br />

direção com aqueles olhos sinistros, enquanto o rapaz cabelu<strong>do</strong> de pele pálida ria de sua<br />

figura.<br />

— Você é bastante valente, garota. Bastante valente. Mas acha mesmo que vai<br />

conseguir fugir de to<strong>do</strong>s nós?<br />

Chiara segurava Breno pela camiseta. Seus olhos rodaram pelo estacionamento. Nem<br />

mesmo a vampira Raquel ela conseguia mais ver. Já que ela se importava tanto com seus<br />

filhos, deveria estar ali agora, cuidan<strong>do</strong> <strong>do</strong> caçula. A escuridão atrapalhava. Só conseguia<br />

manter à vista a silhueta daqueles que estavam mais perto.<br />

— Abaixe esse cano, vai ser mais fácil assim.<br />

Chiara tinha a respiração entrecortada e os olhos agita<strong>do</strong>s, procuran<strong>do</strong> pelos<br />

movimentos ao seu re<strong>do</strong>r. A Suicide Girl estava ali perto também, avançan<strong>do</strong> a passos<br />

curtos, fechan<strong>do</strong> o cerco ao seu re<strong>do</strong>r. O primeiro que se aproximasse ia tomar aquele<br />

cano no meio da cabeça.<br />

— Abaixe esse cano — disse um homem, chegan<strong>do</strong> por último.<br />

O grupo agora tinha aumenta<strong>do</strong> para cinco. O garoto cabelu<strong>do</strong> olhou para o la<strong>do</strong>,<br />

ven<strong>do</strong> o novo vampiro se aproximar. Ele fumava um cigarro e tinha a camisa<br />

desabotoada, cabelos negros e espessos e os malditos olhos vermelhos. Parou ao la<strong>do</strong> da<br />

criança vampira.<br />

— O cheiro <strong>do</strong> sangue de vocês <strong>do</strong>is é bom. Muito bom. A gente tá com uma fome<br />

lascada, criança. Esse que é o impasse.<br />

O vampiro fumante deu mais um passo para a frente, sen<strong>do</strong> agora o mais próximo a<br />

Chiara. Breno chorava e soluçava.<br />

O vampiro deu uma tragada longa, deten<strong>do</strong> os olhos em Chiara. Olhou para as coxas<br />

grossas da menina de shorts e para seu corpo bem feito.<br />

— Qual é o seu nome, gostosinha?<br />

Chiara tremia, de raiva, de me<strong>do</strong>, de puro pânico. Tinha nota<strong>do</strong> o olhar daquele<br />

vampiro. Ele a estava devoran<strong>do</strong> viva.<br />

— Chiara.<br />

— Chiara... — repetiu o vampiro, lançan<strong>do</strong> o cigarro no chão e pisan<strong>do</strong> na bituca,<br />

forçan<strong>do</strong>-a contra o asfalto com a ponta de seu tênis. — Escuta, Chiara. Por que a gente<br />

não combina um lance? Tu entrega esse molequinho chorão aqui pra minha amiguinha.<br />

Deixa eles irem brincar ali no parquinho. Sabe como é, não sabe? Criança se entende<br />

com criança.<br />

— Nem pensar. Saia de perto dele — rosnou a garota, erguen<strong>do</strong> mais o cano e

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