19.04.2013 Views

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— Parece que o seu amigo aqui foi um grande herói ontem à noite.<br />

— Ele foi sim, <strong>do</strong>utor. Graças a ele vocês conseguiram sair <strong>do</strong> Incor e chegar aqui no<br />

Instituto da Criança. Ele pulou que nem um <strong>do</strong>i<strong>do</strong> em cima daquelas criaturas. Parecia<br />

mais maluco <strong>do</strong> que elas.<br />

Graziano sentou-se na beira <strong>do</strong> leito, encaran<strong>do</strong> Cássio e o médico.<br />

— Ei! Eu estou acorda<strong>do</strong> e ouvin<strong>do</strong> tu<strong>do</strong>. Do que vocês estão falan<strong>do</strong>? Eu não me<br />

lembro de nada disso.<br />

O médico e o policial olharam para o homem.<br />

— Como assim?<br />

— É sério, Porto. Do que você está falan<strong>do</strong>, cara?<br />

— Não se lembra <strong>do</strong>s vampiros? Que me salvou no saguão <strong>do</strong> Incor? Não se lembra<br />

<strong>do</strong> pelotão <strong>do</strong> tenente Edgar sen<strong>do</strong> aniquila<strong>do</strong>?<br />

— Cara... De novo esse papo de vampiros?<br />

— Eu tive que lhe dar uma cacetada na cabeça para você apagar. Você estava<br />

<strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por alguma coisa, meu irmão.<br />

— Domina<strong>do</strong>?<br />

— Você se atirou para cima <strong>do</strong> ban<strong>do</strong> deles, <strong>do</strong>s vampiros. Você foi derruban<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os que viu pela frente e queria subir pelas escadarias escuras <strong>do</strong> Incor atrás <strong>do</strong>s<br />

outros, brandin<strong>do</strong> o sabre que nem um louco, dizen<strong>do</strong> que estava sentin<strong>do</strong> o cheiro<br />

deles.<br />

— Disso eu lembro, de sentir uma fedentina terrível. Daí eu não lembro de mais<br />

nada.<br />

— Pode ter si<strong>do</strong> a pancada, solda<strong>do</strong> — explicou o <strong>do</strong>utor Otávio. — Quan<strong>do</strong> bateu<br />

na cabeça, pode ter causa<strong>do</strong> uma amnésia.<br />

— Está melhor? Consegue ficar de pé?<br />

Graziano pulou <strong>do</strong> leito e levou a mão à cabeça.<br />

— Consigo, só está <strong>do</strong>en<strong>do</strong> pra caramba.<br />

— Rossi, preciso achar nossos cavalos e ir até minha casa ver se, finalmente, encontro<br />

minha irmã. Preciso que você fique aqui. Não sei quantos homens sobraram <strong>do</strong> nosso<br />

pelotão. Não sei se alguém <strong>do</strong> coman<strong>do</strong> virá para cá para nos substituir e ajudar.<br />

— Se o pelotão foi ataca<strong>do</strong>, temos que informar o coman<strong>do</strong>. Ninguém deve estar<br />

saben<strong>do</strong> <strong>do</strong> que aconteceu aqui ontem à noite.<br />

— Eu faço isso quan<strong>do</strong> estiver a caminho de casa. Preciso que você fique inteiro e<br />

aqui, cuidan<strong>do</strong> das crianças. Não tem ninguém cuidan<strong>do</strong> dessa gente. Você pode fazer<br />

isso?<br />

Graziano passou a mão no galo em sua cabeça, olhou para os rostos desconheci<strong>do</strong>s ao

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!