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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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— É o que eu disse, senhor. Esses agressivos, eles mataram quase to<strong>do</strong> o destacamento<br />

de quarenta homens envia<strong>do</strong> até o HC. Sobraram apenas eu, Graziano e mais um amigo<br />

que está com o braço quebra<strong>do</strong>.<br />

O tenente colocou os braços para trás e continuou olhan<strong>do</strong> para os solda<strong>do</strong>s da PM e<br />

as pessoas que chegavam atrás deles, forman<strong>do</strong> um time mescla<strong>do</strong> de militares e civis que<br />

conduziam aqueles ônibus de viagem. Começou a formar uma teoria em sua cabeça, mas<br />

continuou cala<strong>do</strong>: ouvir antes de falar era sempre melhor.<br />

— Estou juntan<strong>do</strong> veículos para a retirada <strong>do</strong> hospital, levarei to<strong>do</strong>s para outro, a<br />

aproximadamente duzentos quilômetros daqui. Contu<strong>do</strong>, estamos aqui meio atrasa<strong>do</strong>s<br />

com nosso cronograma, e temo que anoiteça antes de conseguirmos colocar to<strong>do</strong>s os<br />

<strong>do</strong>entes dentro <strong>do</strong>s veículos.<br />

— De quantos <strong>do</strong>entes estamos falan<strong>do</strong>?<br />

— São milhares, senhor. Milhares.<br />

— E vai caber to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> aí, nesses ônibus?<br />

— Acho que não. Por isso estou aqui falan<strong>do</strong> com o senhor. Precisamos de ajuda.<br />

— De que ajuda você está falan<strong>do</strong>?<br />

— Primeiro, fomos desfalca<strong>do</strong>s, estamos sem contingente militar treina<strong>do</strong> para fazer<br />

frente aos vampiros. Se o senhor e seus homens pudessem nos acompanhar e fazer a<br />

segurança de nosso comboio, muitas vidas seriam poupadas.<br />

— Vampiros? Você disse vampiros?<br />

Cássio olhou para os solda<strong>do</strong>s ao re<strong>do</strong>r e também para os olhos cobertos pelas<br />

sobrancelhas soerguidas <strong>do</strong> tenente.<br />

— Sim. É o que são. Esses agressivos atacam quan<strong>do</strong> anoitece e tomam o sangue de<br />

quem apanham. Só não conseguiram tomar o sangue de Graziano; o que tentou tombou<br />

e cuspiu.<br />

— Escuta, filho. Quem está no coman<strong>do</strong> dessa operação maluca que você está<br />

falan<strong>do</strong>?<br />

— Sou eu mesmo, tenente.<br />

— Não me leve a mal, sargento, mas onde estão seus superiores?<br />

— Desapareci<strong>do</strong>s, senhor.<br />

— Desapareci<strong>do</strong>s? E isso dá o direito ao senhor de montar esse plano de fuga?<br />

Colocar a vida de tanta gente em risco? Você sabe que to<strong>do</strong>s podem ser apanha<strong>do</strong>s por<br />

esses agressivos, não sabe? Você mesmo disse que só tem mais <strong>do</strong>is militares e um está<br />

com o braço quebra<strong>do</strong>. Só aqui eu estou contan<strong>do</strong> cinco ônibus de viagem. Três militares<br />

e cinco ônibus.<br />

— Temos mais <strong>do</strong>is — completou Graziano.

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