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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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impedin<strong>do</strong> que qualquer um daqueles seres noturnos conseguisse passar por ali. Cássio<br />

levou a mão ao cinturão e apanhou um pente de munição, substituin<strong>do</strong> o vazio.<br />

Engatilhou a pistola e foi para uma das janelas. Por que ela tinha feito aquilo? Por que a<br />

vampira ruiva tinha salva<strong>do</strong> sua vida?<br />

— Você está sangran<strong>do</strong> muito — observou a enfermeira morena e rechonchudinha<br />

que se aproximou.<br />

— A vampira, ela me salvou.<br />

— A o quê?<br />

— A mulher ruiva. Ela, ela me salvou.<br />

— Você disse vampira?<br />

— Disse. Eles to<strong>do</strong>s tomam sangue. Quer que eu os chame de quê?<br />

A enfermeira deu de ombros.<br />

— Para mim, até hoje à tarde eu os chamava pelo nome mesmo. Aí aconteceu essa<br />

desgraça. Desculpe, venha aqui.<br />

Murros na porta fizeram os <strong>do</strong>is pararem no corre<strong>do</strong>r.<br />

— Deixe-me entrar, solda<strong>do</strong>!<br />

Cássio sentiu um frio na barriga ao ouvir a voz da ruiva mais uma vez. Deu um passo<br />

na direção da porta de entrada, quan<strong>do</strong> a mão da enfermeira o segurou.<br />

— Você está maluco?<br />

— Ela me aju<strong>do</strong>u. Ela matou um deles só para que eu escapasse.<br />

— Nem vem. Aqui dentro essas coisas não vão entrar. Eu vi uma dessas mulheres<br />

matar um rapazinho hoje. Não foi brincadeira, moço.<br />

— Eu sei. Eu não vou deixar ela entrar. Eu só estou curioso. Eles to<strong>do</strong>s parecem um<br />

ban<strong>do</strong> de loucos, ela... Ela não.<br />

— Ela deve ter te enfeitiça<strong>do</strong>. Venha comigo.<br />

A enfermeira levou Cássio através de uma sala escura e chegaram a uma ampla janela<br />

envidraçada que dava para a rua.<br />

— Eu posso sentir o seu cheiro, solda<strong>do</strong>! Você não vai escapar de mim!<br />

— Tá ven<strong>do</strong> ela? — perguntou a enfermeira.<br />

— Não, moça.<br />

— Venha mais para cá. Meu nome é Mallory, a propósito.<br />

— Cássio.<br />

Mallory abriu uma pequena fresta.<br />

— Não acho que seja uma boa ideia.<br />

— Meus filhos foram ataca<strong>do</strong>s! — gritou a ruiva.<br />

Cássio olhou para Mallory.

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