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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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estiver por aqui. Precisamos partir, e precisamos partir agora. Esse meu joelho já, já para<br />

de <strong>do</strong>er e, se for o caso, quan<strong>do</strong> estivermos a salvo no Hospital de São Vítor, eu deixo<br />

vocês tirarem raio-X, fazer tomo, serrar no meio, o diabo, mas agora, não. Precisamos<br />

sair daqui.<br />

Juntos, seguiram até o PS. O rosto da <strong>do</strong>utora Suzana parecia ter envelheci<strong>do</strong> dez<br />

anos desde que a vira pela primeira vez de manhã. Cássio perguntou pelo amigo e soube<br />

da médica que ele já estava consciente, mas muito fraco pela perda de sangue.<br />

— Ótimo, então coloque-o no caminhão da PM onde irei com meus solda<strong>do</strong>s.<br />

— Nem pensar. Ele deve permanecer em observação ao la<strong>do</strong> de um médico ou<br />

enfermeira.<br />

— Destaque a Mallory para seguir conosco; caso algo aconteça, ela saberá o que<br />

fazer.<br />

— Sargento, o senhor entende de estratégia, de combate, mas de medicina enten<strong>do</strong><br />

eu. Seu amigo, apesar de ter retoma<strong>do</strong> a consciência, está muito debilita<strong>do</strong>, está<br />

desidrata<strong>do</strong>, deliran<strong>do</strong>. Não encorajaria esse trasla<strong>do</strong> no momento.<br />

— Doutora Suzana, não temos o luxo desses cuida<strong>do</strong>s. Eu tirei Graziano <strong>do</strong> meio <strong>do</strong>s<br />

vampiros. Por alguma razão eles não tomam o sangue dele. É como se fosse um veneno<br />

para aquelas criaturas.<br />

Suzana arqueou as sobrancelhas diante daquela revelação.<br />

— Como aquelas pessoas se transformaram, tornan<strong>do</strong>-se assassinos que caçam a nós,<br />

Graziano também se transformou, mas se transformou em algo que caça os vampiros.<br />

— Por que acha que seu amigo se transformou, Cássio? — intrometeu-se Mallory.<br />

— Antes que qualquer um de nós possa ver os vampiros, ele já sabe que eles estão lá.<br />

Não conscientemente. Ele fica falan<strong>do</strong> de um o<strong>do</strong>r, de um cheiro ruim. Ele passa mal<br />

quan<strong>do</strong> eles se aproximam, mas o pior é que quan<strong>do</strong> ele vê um deles, é como se ele não<br />

fosse mais ele. Ele simplesmente perde o controle da mente e parte para cima daquelas<br />

criaturas. Ele treme, se enfurece, sai de si e mata cada vampiro que encontra no caminho.<br />

Não duvi<strong>do</strong> que ele morra tentan<strong>do</strong> matar cada um desses agressivos.<br />

— Sorte dele ter um amigo como você — tornou Mallory. — A senhora acredita que<br />

esse maluco pulou de um carro que fugia da garagem para salvar o Graziano?<br />

— Quem tem amigo tem tu<strong>do</strong>, minha filha — ponderou a médica.<br />

— Doutora, por favor, me escute. Reúna tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s, mas tem que ser agora. Não<br />

temos mais nem uma hora de sol, e aquele subterrâneo está completamente toma<strong>do</strong> por<br />

vampiros. Milhares de vampiros que vieram não sei de onde nem como. Eles virão atrás<br />

de nós. Eles sabem que estamos aqui.<br />

Elias, que ouvia tu<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> de um biombo, aproximou-se de Suzana, com o

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