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A Noite Maldita - Crônicas do Fim do Mundo - Multi Download

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de forma brutal e assombrosa, deixan<strong>do</strong> Almeida de queixo caí<strong>do</strong>.<br />

— Maluco — balbuciou o tenente, baixan<strong>do</strong> os óculos de visão noturna e corren<strong>do</strong><br />

na direção de Graziano.<br />

Castro estava preocupa<strong>do</strong> com o pequeno Fernan<strong>do</strong>. Subiu a primeira escadaria e, ao<br />

chegar ao patamar, disparou para o segun<strong>do</strong> andar. Ainda que não houvesse luz e que<br />

estivesse com os óculos de visão noturna levanta<strong>do</strong>s, tinha decora<strong>do</strong> o caminho que<br />

fizera pelo menos quatro vezes durante aquele dia só para visitar o pequeno e a<br />

enfermeira Nádia. Assim que alcançou o longo corre<strong>do</strong>r coberto de azulejos brancos,<br />

baixou os óculos e passou à visão noturna. Caminho limpo até ali. Correu na direção <strong>do</strong><br />

quarto que, para sua surpresa, estava com a porta aberta. Com o coração dispara<strong>do</strong><br />

entrou, encontran<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> revira<strong>do</strong> e completamente vazio.<br />

— Diacho, Castro. Eles não estão aqui.<br />

Ouviram um grito na outra extremidade <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r.<br />

— É a Nádia! — gritou Castro, disparan<strong>do</strong> em corrida.<br />

Ofegantes, chegaram à outra ponta <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r.<br />

Castro levantou o de<strong>do</strong>, olhan<strong>do</strong> pela esquina rapidamente e voltan<strong>do</strong> a se cobrir na<br />

parede. Ikeda entendeu o sinal de silêncio e aguar<strong>do</strong>u. Castro repetiu o movimento e viu<br />

quatro vampiros andan<strong>do</strong> agacha<strong>do</strong>s, in<strong>do</strong> em direção a Nádia, que tateava no escuro<br />

com o bebê de <strong>do</strong>is anos, a<strong>do</strong>rmeci<strong>do</strong> em seus braços. Castro voltou a se proteger contra<br />

a parede e levantou quatro de<strong>do</strong>s para Ikeda. Castro fez um novo sinal e entrou no<br />

corre<strong>do</strong>r, abaixan<strong>do</strong>-se sobre o joelho da frente e deixan<strong>do</strong> uma boa área livre para<br />

Ikeda, que permaneceu atrás dele, com a arma levantada.<br />

Um <strong>do</strong>s vampiros olhou para trás, paran<strong>do</strong> de grunhir e perseguir a enfermeira. Seus<br />

olhos se arregalaram, mas não teve tempo de alertar os demais.<br />

Dois disparos de cada fuzil, limpos. Quatro vampiros caí<strong>do</strong>s. Um deles, acerta<strong>do</strong> na<br />

omoplata, grunhia <strong>do</strong>loridamente, giran<strong>do</strong> e tentan<strong>do</strong> se colocar de pé mais uma vez.<br />

Mais um disparo, bem na nuca, fez com que tombasse de chofre, sem vida alguma,<br />

nem verdadeira nem emprestada.<br />

A enfermeira gritava sem entender nada.<br />

— Sou eu, Nádia. Pare de gritar! — berrou Castro.<br />

— Eu quem?<br />

— O Castro — berrou Ikeda.<br />

Assim que Ikeda gritou, uma <strong>do</strong>r aguda em seu pescoço fez com que soltasse outro<br />

grito, agora de <strong>do</strong>r.<br />

Castro foi empurra<strong>do</strong> para a frente, tomban<strong>do</strong> no chão e ven<strong>do</strong> o fuzil se soltar de

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