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O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

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A socieda<strong>de</strong> no STF – diagnóstico e perspectivas:<br />

o caso da ADPF 54<br />

Mário Cesar da Silva Andra<strong>de</strong><br />

Mestran<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa Direito e Inovação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz<br />

<strong>de</strong> Fora – UFJF; Ex-Professor da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito da UFJF; Brasil;<br />

e-mail: mario.csa@hotmail.com<br />

Atualmente, o controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> brasileiro tem se<br />

<strong>de</strong>staca<strong>do</strong> pela crescente realização <strong>de</strong> audiências públicas, contan<strong>do</strong>,<br />

até o presente momento, com 16 (<strong>de</strong>zesseis) audiências convocadas,<br />

<strong>de</strong>ntre realizadas e a realizar.<br />

As audiências públicas e o amicus curiae são institutos jurídicos<br />

introduzi<strong>do</strong>s no controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> brasileiro pelas Leis<br />

nº 9.868 (BRASIL, 1999a) e nº 9.882 (BRASIL, 1999b). Tais institutos<br />

funcionam como vias jurídico-processuais colocadas à disposição<br />

<strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF) a fim subsidiar a construção<br />

<strong>de</strong> sua ratio <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>ndi. Em princípio, eles permitem que especialistas<br />

e parcelas da socieda<strong>de</strong> civil tragam ao juízo <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

novos elementos, informações, esclarecimentos e visões <strong>de</strong> mun<strong>do</strong><br />

sobre o tema objeto <strong>de</strong> uma dada ação <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>. Por<br />

isso, esses institutos foram festeja<strong>do</strong>s pela <strong>do</strong>utrina como instrumentos<br />

<strong>de</strong> pluralização <strong>do</strong> controle <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, promove<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> uma maior legitimação <strong>de</strong>mocrática das <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong> STF.<br />

Contu<strong>do</strong>, a potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong>sses institutos tem se concretiza<strong>do</strong><br />

Como tais institutos têm si<strong>do</strong>, efetivamente, aplica<strong>do</strong>s pelo STF<br />

Dentro <strong>de</strong>sta perspectiva, preten<strong>de</strong>-se analisar como o STF tem concretiza<strong>do</strong><br />

as potencialida<strong>de</strong>s franqueadas pelo instituto das audiências públicas.<br />

Acredita-se que o potencial <strong>de</strong>mocrático-discursivo <strong>de</strong>sse instituto<br />

<strong>de</strong> participação social não tem si<strong>do</strong> suficientemente consuma<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à quase total ausência <strong>de</strong> diálogo entre os participantes das<br />

audiências públicas, o que tem impedi<strong>do</strong> o intercâmbio argumentativo-reflexivo<br />

sobre os argumentos levanta<strong>do</strong>s nessas audiências. Os

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