04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

350 • I Congresso Internacional <strong>de</strong> Direito Constitucional e Filosofia Política<br />

magistratura brasileira (BARROSO, 2008; STRECK, 2013; FUX,<br />

2011; GALLO, 2009; CAMPOS, <strong>2014</strong>). Desse mo<strong>do</strong>, a pesquisa<br />

revela que ambos os fenômenos florescem em um ambiente <strong>de</strong> expansão<br />

<strong>do</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Judiciário brasileiro. Isso faz com que<br />

em análises menos criteriosas o ativismo judicial e a judicialização<br />

sejam trata<strong>do</strong>s como um único instituto (como em POGREBINS-<br />

CHI, 2012), o que se <strong>de</strong>monstrou incorreto. Como informa<strong>do</strong>, há<br />

importantes diferenças a <strong>de</strong>limitá-los: o ativismo está liga<strong>do</strong> a uma<br />

escolha ou postura <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r, que opta pela subjetivida<strong>de</strong> (solipsismo),<br />

ao interpretar a norma, julgan<strong>do</strong> por argumentos <strong>de</strong> políticas<br />

e não por princípios (DWORKIN, 2003). A judicialização, por sua<br />

vez, diz respeito a uma transferência <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r para a esfera jurisdicional,<br />

com alterações significativas na linguagem, na argumentação<br />

e no mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> participação da socieda<strong>de</strong> (BARROSO, 2009), ocorren<strong>do</strong><br />

quan<strong>do</strong> o Judiciário é insta<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cidir sobre casos que envolvem<br />

a atuação institucional ou posicionamentos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s por outro<br />

po<strong>de</strong>r (ARAGÃO, 2012). Ambos afetam, cada qual ao seu mo<strong>do</strong>, o<br />

princípio <strong>de</strong> separação <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>res. À guisa <strong>de</strong> conclusão, <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

realiza<strong>do</strong> resulta que o ativismo judicial e a judicialização da política<br />

são conceitos relevantes e presentes na atualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate jurídico,<br />

porém distintos e, portanto, não <strong>de</strong>vem ser confundi<strong>do</strong>s, merecen<strong>do</strong><br />

a crítica os trabalhos que assim o fazem.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!