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O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

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Os conflitos <strong>de</strong> nossa época e a exigência <strong>de</strong> uma<br />

orientação ético-política universal<br />

Lilian Márcia <strong>de</strong> Castro Ribeiro<br />

Advogada e Mestranda em Direito pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais, Brasil. lilianmcr@gmail.com<br />

No momento atual da história mundial nos <strong>de</strong>paramos com o<br />

fenômeno <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong> sui generis que é a globalização. De acor<strong>do</strong><br />

com o filósofo alemão Karl-Otto Apel, estamos imersos em uma “para<strong>do</strong>xalida<strong>de</strong><br />

da situação-problema”, uma vez que a Ciência e seus<br />

avanços, apregoa<strong>do</strong>s com uma suposta neutralida<strong>de</strong> científica, atingiram<br />

uma proporção tal em que seus efeitos não mais se limitam<br />

espácio-temporalmente, ou seja, tomaram uma dimensão planetária,<br />

exigin<strong>do</strong> assim, uma responsabilida<strong>de</strong> solidária por seus efeitos. Contu<strong>do</strong>,<br />

ao mesmo tempo em que surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma macro-ética<br />

universal, <strong>de</strong>slumbra-se com a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal fundamentação.<br />

Em outros termos, temos <strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

ética intersubjetivamente vinculatória, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> solidária<br />

da humanida<strong>de</strong>, diante das consequências <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e conflitos<br />

humanos nunca foi tão urgente, mas por outro la<strong>do</strong>, parece que a<br />

fundamentação racional <strong>de</strong> uma ética intersubjetivamente válida<br />

para a superação <strong>de</strong> conflitos nunca foi tão difícil.<br />

Assim, os conflitos <strong>de</strong> nossa época exigem uma orientação ético-política<br />

fundamental, ten<strong>do</strong> em vista que, em face das ameaças<br />

que pairam atualmente sobre a “bio ou ecoesfera humana por causa<br />

<strong>de</strong> problemas como a escassez <strong>de</strong> reservas energéticas e <strong>de</strong>struição <strong>do</strong><br />

ambiente” etc., exige-se algo semelhante a uma modificação <strong>do</strong> sistema<br />

em medida planetária. Diante <strong>do</strong> questionamento ético-político<br />

sobre o que <strong>de</strong>vemos fazer diante <strong>de</strong> tal cenário, surge a exigência <strong>de</strong><br />

uma ética <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> solidária para a superação <strong>de</strong> conflitos.<br />

O pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> tal teoria é a virada linguístico-pragmática,<br />

que substitui o conhecimento <strong>de</strong> uma estrutura monológica por uma

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