04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

128 • I Congresso Internacional <strong>de</strong> Direito Constitucional e Filosofia Política<br />

tucionalida<strong>de</strong> da Emenda (ADC 1, 1993). Enten<strong>de</strong>u ainda, mesmo sem<br />

previsão no texto constitucional, que caberia medida cautelar na ADC,<br />

bem como efeito vinculante da <strong>de</strong>cisão (ARAÚJO, 2006, p. 337).<br />

c) A <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> artigo 28 da Lei 9.868-99, que<br />

esten<strong>de</strong>u os efeitos vinculantes presentes na ADC, introduzi<strong>do</strong>s pela EC<br />

n. 03-93, garantiu à ADIn um efeito cria<strong>do</strong> por força <strong>de</strong> lei ordinária.<br />

d) A EC n. 45-04 representa capítulo fundamental no processo <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>do</strong> vulto <strong>do</strong> STF, pois introduziu a Súmula Vinculante.<br />

Há que se perguntar se um po<strong>de</strong>r maior não <strong>de</strong>mandaria outro<br />

processo <strong>de</strong> ocupação da Corte. Processo este que se mantém o mesmo<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988, com a indicação <strong>de</strong> “escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre cidadãos com mais<br />

<strong>de</strong> trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> notável<br />

saber jurídico e reputação ilibada”, sen<strong>do</strong> que “serão nomea<strong>do</strong>s pelo<br />

Presi<strong>de</strong>nte da República, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovada a escolha pela maioria<br />

absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral”, conforme reza o artigo 101, CF.<br />

A noção <strong>de</strong> “diálogos institucionais”, <strong>de</strong>fendida por Men<strong>de</strong>s<br />

(2011), <strong>de</strong>flaciona a importância <strong>de</strong> quem dá a “palavra final”, quem<br />

controla a constitucionalida<strong>de</strong>. O que o autor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> é que o processo<br />

dialético da separação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res <strong>de</strong>liberativa, a longo prazo,<br />

produz diálogos entre as instituições <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Portanto, o fato <strong>de</strong><br />

uma Corte Constitucional dar a “última palavra” não impe<strong>de</strong> que o<br />

Legislativo responda.<br />

No entanto, conforme reconhece Men<strong>de</strong>s (2011, p. 250), ainda<br />

é relevante a questão sobre quem dá a “última palavra” a curto prazo,<br />

pois as instituições <strong>de</strong>moram a respon<strong>de</strong>r. Assim, <strong>de</strong>ve-se refletir as<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualificar os Po<strong>de</strong>res para que o diálogo institucional<br />

seja mais pleno, como também relativizar as características <strong>do</strong><br />

órgão que controla a constitucionalida<strong>de</strong>.<br />

A noção <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>ncialismo <strong>de</strong> coalizão, formulada por Limongi<br />

e Figueire<strong>do</strong> (1998), bem como a concentração <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res da<br />

Corte versus o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> indicação <strong>do</strong>s Ministros, já apresentada,<br />

po<strong>de</strong>m ser úteis. Verifica-se que o Executivo controla a agenda polí-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!