04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

É possível i<strong>de</strong>ntificar um consitucionalismo antigo A<br />

politeia e o status civitatis como princípios organiza<strong>do</strong>res<br />

da or<strong>de</strong>m política<br />

Leonam Baesso da Silva Liziero<br />

Doutoran<strong>do</strong> e Mestre em Teoria e Filosofia <strong>do</strong> Direito pela UERJ. Professor<br />

da UCAM. Advoga<strong>do</strong>. Brasil. leonamliziero@gmail.com.<br />

Matheus Farinhas <strong>de</strong> Oliveira<br />

Graduan<strong>do</strong> <strong>do</strong> 10º perío<strong>do</strong> em Direito pela Universida<strong>de</strong> Candi<strong>do</strong><br />

Men<strong>de</strong>s. Brasil. matheusfarinhas456@hotmail.com.<br />

O presente trabalho visa estudar o <strong>Constitucionalismo</strong> e suas raízes<br />

nos povos antigos, assim consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os povos gregos e romanos<br />

da antiguida<strong>de</strong> clássica, em contraposição aos mo<strong>de</strong>rnos (socieda<strong>de</strong><br />

pós-medieval oci<strong>de</strong>ntal). Esta concepção é fundamental para o escorreito<br />

entendimento acerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate da <strong>do</strong>utrina constitucional no que<br />

tange a existência ou não <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> “constitucionalismo antigo”.<br />

Sem embargo, figuras festejadas como Aristóteles e Platão, em um<br />

tempo <strong>de</strong> profunda crise <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> clássico grego (IV a.c – <strong>de</strong>cadência<br />

da polis, porquanto esta <strong>de</strong>ixara <strong>de</strong> ser um local para o exercício <strong>do</strong>s direitos<br />

políticos e passou a albergar uma intensa mercantilização; haven<strong>do</strong>,<br />

ainda, um conflito entre pobres, <strong>de</strong>sejosos <strong>de</strong> maior assistência pública,<br />

e ricos, que tentavam impedir que houvessem mudanças radicais e<br />

a consequente perpetuação <strong>do</strong> status quo -) passaram a algumas reflexões<br />

acerca da questão da <strong>de</strong>mocracia e da igualda<strong>de</strong>. Aqui é que entra a utilização<br />

<strong>do</strong> termo politeia, comumente traduzi<strong>do</strong> por constituição.<br />

Muitas vezes apontada pela <strong>do</strong>utrina como “atecnica”, porquanto<br />

politeia po<strong>de</strong> ter outros significa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista objetivo este termo<br />

po<strong>de</strong> significar a organização política da socieda<strong>de</strong>. Politeia, assim,<br />

é um instrumento conceitual <strong>de</strong> que se serve o pensamento político <strong>do</strong><br />

século IV para trabalhar o principal conceito em discussão, qual seja: a<br />

busca pela forma <strong>de</strong> governo a<strong>de</strong>quada, que reforce a unida<strong>de</strong> da polis.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!