04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

82 • I Congresso Internacional <strong>de</strong> Direito Constitucional e Filosofia Política<br />

ratio, se mostrariam abertos ao âmbito valorativo – moral – <strong>do</strong> intérprete<br />

cujo controle estaria na esfera argumentativo-procedimental.<br />

Essa seria a abertura <strong>do</strong> Direito à Moral (ALEXY, 2008, p. 29).<br />

Para além das categorias normativas, Alexy sustenta que a legitimida<strong>de</strong><br />

judicativa é aferida mediante uma argumentação jurídica<br />

como forma <strong>de</strong> justificação racional (ALEXY, 2007, p. 131).<br />

Essa capacida<strong>de</strong> racional reconheceria a produção procedimental <strong>do</strong><br />

consenso e a legitimida<strong>de</strong> jurídica das <strong>de</strong>cisões judiciais (MORAIS;<br />

TRINDADE, 2012, p. 164).<br />

Retornan<strong>do</strong> à pesquisa jurispru<strong>de</strong>ncial realizada no STF, obteve-<br />

-se a constatação das seguintes questões (MORAIS, 2013, p. 296-297):<br />

1°) o emprego <strong>do</strong> discurso da colisão, haven<strong>do</strong> indicação (ou não)<br />

das categorias coli<strong>de</strong>ntes;<br />

2°) a proporcionalida<strong>de</strong>, as vezes adjetivada como princípio, é enunciada<br />

para resolução <strong>do</strong>s problemas;<br />

3°) a autonomização <strong>do</strong> discurso sobre os elementos da a<strong>de</strong>quação,<br />

necessida<strong>de</strong> e sopesamento;<br />

4°) a não preocupação com a produção <strong>de</strong> uma lei <strong>de</strong> colisão, na<br />

condição <strong>de</strong> premissa inicial a ser justificada argumentativamente;<br />

5°) a i<strong>de</strong>ntificação da proporcionalida<strong>de</strong> com a noção <strong>de</strong> proteção <strong>do</strong><br />

excesso e proibição da proteção <strong>de</strong>ficiente;<br />

6°) os princípios da proporcionalida<strong>de</strong> e da razoabilida<strong>de</strong> – com referência<br />

ao artigo 5°, inciso LIV da CRFB – foram emprega<strong>do</strong>s, em boa parte<br />

das <strong>de</strong>cisões, como fundamentos contra o abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>;<br />

7°) a proporcionalida<strong>de</strong> era empregada num senti<strong>do</strong> performático<br />

<strong>de</strong> justeza ou correção <strong>do</strong> posicionamento assumi<strong>do</strong> – e, em casos <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>de</strong> penas, sobre a sua (in)correção; e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!