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O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

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História <strong>do</strong> <strong>Constitucionalismo</strong>, História Constitucional Brasileira e Reformas Políticas • 311<br />

a importância da reforma resi<strong>de</strong> no alcance <strong>de</strong> um “equilíbrio mais<br />

confiável”, quebran<strong>do</strong> a lógica atual, que combina um sistema eleitoral<br />

que dispersa o po<strong>de</strong>r com a concentração <strong>de</strong> um alto grau <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res<br />

(principalmente <strong>de</strong> agenda) no Presi<strong>de</strong>nte da República e no Colégio<br />

<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res – concentração <strong>de</strong>scrita em Figueire<strong>do</strong> e Limongi (1999).<br />

As principais discussões no Congresso Nacional nos últimos<br />

anos se <strong>de</strong>ram entre propostas caracterizadas pela visão restrita, que<br />

consi<strong>de</strong>ram a reforma política como uma reforma da legislação eleitoral-partidária<br />

brasileira. Destacam-se três entre as propostas: a da<br />

Comissão Caia<strong>do</strong> (2003 e 2007) – caracterizada principalmente pela<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> voto em lista fechada e pelo financiamento público exclusivo<br />

–, a da Comissão Fontana (2011) – <strong>de</strong>fensora <strong>do</strong> voto em lista<br />

flexível e <strong>do</strong> financiamento público exclusivo – e a <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Trabalho<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a estudar e elaborar propostas referentes à Reforma<br />

Política e à Consulta Popular sobre o Tema (2013) – que inovou,<br />

propon<strong>do</strong> o voto proporcional nominal regionaliza<strong>do</strong>, com regras<br />

mais rígidas para o financiamento <strong>de</strong> campanhas, manten<strong>do</strong> contu<strong>do</strong><br />

o sistema misto <strong>de</strong> arrecadação –. Apesar <strong>do</strong> insucesso das principais<br />

propostas, Couto (2013) aponta que diversas alterações relevantes<br />

ocorreram no perío<strong>do</strong> aqui aborda<strong>do</strong> (como o fim da verticalização<br />

das coligações ou a Lei da Ficha Limpa). Fleischer (2011) também<br />

aponta para diversas outras modificações no sistema político nacional<br />

nas décadas <strong>de</strong> 1990 e 2000 (reeleição, diminuição <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

duração <strong>do</strong> mandato, introdução <strong>de</strong> cotas femininas nas listas <strong>de</strong> candidatos<br />

a eleições proporcionais). Ainda assim, os principais pontos<br />

que conformam o sistema político-eleitoral não foram modifica<strong>do</strong>s,<br />

como o sistema eleitoral e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> campanhas.<br />

Speck (2013) aponta três motivos para o insucesso na aprovação da<br />

maior parte <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> uma reforma política: a inexistência <strong>de</strong><br />

consenso e incompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas entre os parti<strong>do</strong>s para problemas<br />

comuns; a incerteza quanto ao impacto <strong>de</strong>ssas mudanças para<br />

os atuais representantes em suas disputas eleitorais futuras; e o escasso<br />

tempo para <strong>de</strong>liberação e aprovação das reformas, especialmente as

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