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O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

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164 • I Congresso Internacional <strong>de</strong> Direito Constitucional e Filosofia Política<br />

tes e frequentes os embates públicos que no uso <strong>do</strong> direito à liberda<strong>de</strong><br />

religiosa, incitam ou <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o combate à <strong>de</strong>terminada minoria,<br />

com fundamento no exercício da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão religiosa.<br />

Exemplo disso foi o discurso usa<strong>do</strong> pelo candidato à presidência,<br />

Levy Fidélix, em <strong>do</strong>is <strong>de</strong>bates transmiti<strong>do</strong>s pelos principais canais<br />

<strong>de</strong> TV aberta <strong>do</strong> país on<strong>de</strong>, <strong>de</strong>liberadamente, o candidato propôs<br />

à socieda<strong>de</strong> cristã uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> combate à minoria homossexual.<br />

Em segun<strong>do</strong> lugar, a opção justifica-se pelo fato <strong>de</strong>ste ser um direito<br />

fundamental emblemático no que diz respeito à questão da oposição<br />

potencial entre Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Direito (direitos fundamentais) e princípio<br />

<strong>de</strong>mocrático. Basta pensar em uma maioria no po<strong>de</strong>r, pressupon<strong>do</strong>-<br />

-se que tal po<strong>de</strong>r teve origem e legitimação <strong>de</strong>mocráticas, em que o<br />

governo ou a própria maioria parlamentar utilizem meios para ameaçar<br />

a liberda<strong>de</strong> religiosa, ou, por outro la<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão nas socieda<strong>de</strong>s atuais pertence aos po<strong>de</strong>rosos,<br />

imagine que esse mesmo governo ou maioria parlamentar conceda a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar as palavras para construir, com total impunida<strong>de</strong><br />

uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e subordinação <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />

grupos, ou seja, permita o uso <strong>do</strong> discurso <strong>de</strong> ódio.<br />

Nessa perspectiva, o trabalho versará, <strong>de</strong> forma breve, as principais<br />

<strong>do</strong>utrinas relevantes para o tema, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> alguns <strong>do</strong>s principais conflitos<br />

normativos que po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>correr da relação entre a norma da liberda<strong>de</strong><br />

religiosa, o princípio <strong>de</strong>mocrático e o princípio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Direito.<br />

Palavras-chave: Discurso <strong>de</strong> ódio. Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão. Liberda<strong>de</strong><br />

religiosa. Princípio <strong>de</strong>mocrático. Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Direito.

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