04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O constitucionalismo <strong>de</strong>mocrático no paradigma <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito: apontamentos acerca da<br />

legitimida<strong>de</strong> <strong>do</strong> direito a partir <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> discurso 1<br />

Adamo Dias Alves<br />

Doutoran<strong>do</strong> e Mestre em Direito pelo Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />

Direito da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito da UFMG. Professor Assistente <strong>do</strong> curso <strong>de</strong><br />

Direito da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora campus Governa<strong>do</strong>r Valadares.<br />

Benedito Silva De Almeida Junior<br />

Graduan<strong>do</strong> em Direito pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, bolsista<br />

<strong>de</strong> Iniciação Científica.<br />

O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre os elementos<br />

que distinguem o constitucionalismo <strong>de</strong>mocrático característico <strong>do</strong><br />

paradigma <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito das experiências presentes<br />

no contexto histórico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Liberal e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Social.<br />

Parte-se da premissa <strong>de</strong> que, a partir da Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, os pressupostos<br />

fundamentais <strong>do</strong>s sistemas políticos e <strong>do</strong> Direito vêm sen<strong>do</strong><br />

constantemente questiona<strong>do</strong>s. O processo histórico contínuo <strong>de</strong><br />

racionalização da socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal impossibilitou que assertivas<br />

transcen<strong>de</strong>ntais pu<strong>de</strong>ssem ser utilizadas para justificar o exercício <strong>do</strong><br />

po<strong>de</strong>r e a existência das leis – isso porque a razão progressivamente<br />

substituiu a fé, sen<strong>do</strong> que a gradativa conquista <strong>de</strong> autonomia <strong>do</strong>s<br />

indivíduos também foi fator imprescindível para tal contexto histórico<br />

específico que reclamou a reconstrução das bases <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />

agora sob as balizas da razão. A problemática, entretanto, é muito<br />

mais complexa <strong>do</strong> que se po<strong>de</strong> imaginar a priori: a partir <strong>do</strong> momento<br />

em que as estruturas <strong>do</strong> Ancien Régime, embasadas sobretu<strong>do</strong> na<br />

religião, foram corroídas, a função da integração social a qual essa se<br />

ocupava também precisava ser repensada – nesse senti<strong>do</strong>, a própria<br />

forma pela qual a socieda<strong>de</strong> estrutura-se e o substrato das relações<br />

sociais precisaram a<strong>de</strong>quar-se a essa nova realida<strong>de</strong> que é marcada<br />

sobretu<strong>do</strong> pela conquista progressiva das liberda<strong>de</strong>s individuais num

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!