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O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

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O constitucionalismo <strong>de</strong> Direito internacional priva<strong>do</strong>:<br />

inspiração pluralista e tradução meto<strong>do</strong>lógica.<br />

Kellen Trilha Schappo<br />

Pesquisa<strong>do</strong>ra, FGV Direito Rio, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil; <strong>do</strong>utoranda, Sciences<br />

Po Law School, Paris, França; mestre e bacharel em Direito pela Universida<strong>de</strong> Paris<br />

1 Panthéon-Sorbonne, Paris, França. En<strong>de</strong>reço eletrônico: keltrilha@gmail.com.<br />

1.- O constitucionalismo intervém como resposta à fragmentação<br />

<strong>do</strong> direito global em uma série <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namentos e regimes cuja ação<br />

<strong>de</strong>sconcertada conduz a dificulda<strong>de</strong>s na regulação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que<br />

superam os limites locais. O risco, todavia, <strong>de</strong> a<strong>do</strong>tar uma perspectiva<br />

constitucionalista em um contexto global é o <strong>de</strong> se atrelar a um<br />

raciocínio monista, concentra<strong>do</strong> em i<strong>de</strong>ntificar e propor, <strong>de</strong> cima para<br />

baixo, princípios uniformes. Apesar da simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal solução, ela<br />

peca em <strong>do</strong>is pontos principais. Inicialmente, ela ignora o pluralismo<br />

próprio ao direito global: se o interesse em a<strong>do</strong>tar essa perspectiva é<br />

justamente o <strong>de</strong> admitir a diversida<strong>de</strong> das fontes que participam na<br />

globalização, essa abertura é limitada pela imposição a posteriori <strong>de</strong><br />

princípios uniformes. Em seguida, a aplicação <strong>de</strong>sses não po<strong>de</strong> ser verificada<br />

em prática. Cada or<strong>de</strong>namento jurídico <strong>de</strong>cidin<strong>do</strong> em termos<br />

<strong>de</strong> princípios universais na realida<strong>de</strong> transpõe a uma escala global a sua<br />

própria concepção sobre qual <strong>de</strong>veria ser o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> tais princípios.<br />

2.- Diante <strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s, autores como Günther Teubner 1 e em<br />

seguida, <strong>de</strong> maneira mais <strong>de</strong>talhada, Christian Joerges 2 chegaram à<br />

intuição <strong>de</strong> que o Direito internacional priva<strong>do</strong>, ramo <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong>dica<strong>do</strong><br />

à interação entre diferentes or<strong>de</strong>namentos jurídicos, po<strong>de</strong>ria<br />

fornecer pistas <strong>de</strong> análise importantes para o <strong>de</strong>safio da fragmentação.<br />

Essa proposição, que começou a ser explorada pela literatura anglófona<br />

<strong>de</strong> Direito internacional priva<strong>do</strong> 3 , ainda não dispõe, contu<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong> uma tradução técnica completa, que <strong>de</strong>monstre <strong>de</strong> que maneira<br />

essa forma <strong>de</strong> constitucionalismo seria realizada em prática. Tal é o<br />

objetivo <strong>de</strong>ste trabalho, que tem o intuito <strong>de</strong> apresentar brevemente

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