04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A teoria jusnaturalista <strong>do</strong>s princípios <strong>de</strong> Antônio<br />

Augusto Cança<strong>do</strong> Trinda<strong>de</strong> e a sua reconstrução à luz<br />

da teoria <strong>do</strong> discurso <strong>de</strong> Jürgen Habermas<br />

Bruno <strong>de</strong> Oliveira Biazatti<br />

Estudante <strong>do</strong> 7º perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Graduação em Direito na<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG), no Brasil.<br />

En<strong>de</strong>reço eletrônico: bbiazatti@gmail.com.<br />

O jurista brasileiro Antônio Augusto Cança<strong>do</strong> Trinda<strong>de</strong> leciona<br />

que o Direito Internacional não é composto somente por regras, mas<br />

também por princípios. Esta perspectiva conceitual é o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> humanização das normas internacionais, inicia<strong>do</strong> no fim<br />

da Segunda Guerra e que se alonga até os dias atuais, caracteriza<strong>do</strong><br />

pela expansão e consolidação <strong>do</strong>s direitos humanos no sistema jurídico<br />

internacional. Tal fenômeno acarretou a reconsi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong>s<br />

fundamentos <strong>do</strong> Direito Internacional, levan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los positivista/voluntaristas e <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong> a ênfase <strong>do</strong> próprio<br />

Direito para o bem estar <strong>do</strong> homem. Diante disso, segun<strong>do</strong> ele, se<br />

faz evi<strong>de</strong>nte o <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> uma consciência jurídica universal, como<br />

reflexo <strong>de</strong>ste novo paradigma, já não mais estatocêntrico, mas que<br />

posiciona os interesses da humanida<strong>de</strong> como objetivo último <strong>do</strong> fenômeno<br />

jurídico. Esta consciência jurídica universal, <strong>de</strong>finida como<br />

o sentimento <strong>de</strong> preservação da pessoa humana e que permeia toda<br />

a Comunida<strong>de</strong> Internacional, é o fundamento direto <strong>do</strong>s princípios.<br />

Em linhas gerais, todas as normas internacionais encontram fulcro<br />

na consciência universal, sen<strong>do</strong>, portanto, a fonte suprema <strong>de</strong> validação<br />

normativa. Cança<strong>do</strong> Trinda<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a consciência jurídica<br />

universal <strong>de</strong>ve ser lida como uma concepção jusnaturalista <strong>de</strong><br />

validação, impon<strong>do</strong> certos pressupostos transcen<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong> natureza<br />

axiológica, que garantem coesão, coerência e legitimida<strong>de</strong> ao corpo<br />

normativo internacional. Nesse prisma, o jurista brasileiro assevera<br />

que os princípios internacionais são, em última análise, princípios

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!