04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Fundamentos político-filosóficos <strong>do</strong> constitucionalismo • 437<br />

Humanos e na seqüência <strong>de</strong>nsifica-se na via <strong>do</strong> constitucionalismo<br />

contemporâneo a kantiana idéia <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong> como um fim em si<br />

mesma. O Século XXI é marca<strong>do</strong> pelo imperativo categórico <strong>de</strong> uma<br />

ética universalista <strong>do</strong>s Direitos Humanos e pela amplitu<strong>de</strong> global e<br />

temporal da questão ambiental e econômica, cada vez mais, marcada<br />

pela repercussão que as <strong>de</strong>cisões políticas locais são capazes <strong>de</strong> gerar<br />

no ambiente global. O “novo Imperativo categórico” <strong>de</strong> Hans Jonas,<br />

cuja proposta é a ética da responsabilida<strong>de</strong>, constitui a matriz filosófica<br />

<strong>do</strong> Princípio da Sustentabilida<strong>de</strong>/Intergeracionalida<strong>de</strong> e confere o<br />

suporte filosófico original <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, que eclo<strong>de</strong><br />

no Relatório da ONU sobre meio ambiente global <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />

“ Nosso Futuro Comum” e pauta-se na comensuração da dimensão<br />

global e intergeracional das ações humanas, pressupostos inerentes ao<br />

próprio conceito <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável que na atualida<strong>de</strong><br />

ocupa centralida<strong>de</strong> não somente <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ambiental, mas também<br />

econômica, política e social. Tal discurso permea<strong>do</strong> por princípios<br />

axiológicos, e estabelece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tal redimensionamento <strong>do</strong> horizonte<br />

<strong>do</strong>s valores para uma or<strong>de</strong>m cosmopolita, global e intergeracional<br />

implicam no reconhecimento <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> indivíduo como<br />

cidadão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, inseri<strong>do</strong> como responsável em uma realida<strong>de</strong> que<br />

só faz senti<strong>do</strong> na dimensão <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> compartilhada pela humanida<strong>de</strong>.<br />

Juridicamente é sobretu<strong>do</strong> nas Constituições que tal sistema<br />

valorativo cristaliza os Direitos Humanos e a Questão Ambiental,<br />

situan<strong>do</strong> a ótica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Nação em uma Nova<br />

Or<strong>de</strong>m Jurídica Tal realida<strong>de</strong> jurídica instalada pelas Constituições<br />

confere “Força Normativa”(HESSE) ímpar e até então inédita<br />

aos Direitos Fundamentais, consagra-se na engenharia política e<br />

jurídica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito, cuja tônica <strong>de</strong>corre da<br />

marcada tensão entre Democracia e Direitos Fundamentais, no qual<br />

o protagonismo intepretativo <strong>de</strong>sloca-se <strong>do</strong> interprete privilegia<strong>do</strong> e<br />

autoriza<strong>do</strong> (KELSEN) para o cidadão que compõe a chamada socieda<strong>de</strong><br />

aberta <strong>de</strong> interpretes (PETER HABERLE) e assume o papel<br />

não mais apenas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinatário <strong>de</strong> direitos mas <strong>de</strong> co-autor <strong>do</strong><br />

sistema jurídico na medida em que intepreta e os reinvidica através

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!