04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

460 • I Congresso Internacional <strong>de</strong> Direito Constitucional e Filosofia Política<br />

Ao contrário, a <strong>de</strong>fesa por um processo <strong>de</strong>mocrático como o melhor<br />

mecanismo para potencializar os direitos constitucionais passa pela<br />

noção <strong>de</strong> que a legislação não é fruto <strong>do</strong> acaso, mas sim um <strong>do</strong>s principais<br />

espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação.<br />

Nesse contexto, cumpre fazer a leitura <strong>do</strong> processo legislativo<br />

brasileiro a partir <strong>do</strong>s fundamentos <strong>do</strong> “constitucionalismo político”.<br />

E po<strong>de</strong>riam ser aponta<strong>do</strong>s quatro entraves, numa perspectiva institucional,<br />

que ainda impe<strong>de</strong>m enxergar os procedimentos legislativos<br />

como sinônimos <strong>de</strong> constitucionalismo e <strong>de</strong>mocracia: i) a manutenção<br />

<strong>do</strong> voto <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança; ii) o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>liberante das comissões (as<br />

leis comissionais); iii) o po<strong>de</strong>r normativo <strong>do</strong> Executivo; iv) o controle<br />

judicial <strong>do</strong> processo legislativo.<br />

Esses entraves contribuem para esclarecer as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se<br />

enxergar no Brasil o processo legislativo como “processo <strong>de</strong> justificação<br />

<strong>de</strong>mocrática <strong>do</strong> direito” (CATTONI, 2006, p. 141), além <strong>de</strong><br />

sugerirem que o “constitucionalismo legal” seria o mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

para a realida<strong>de</strong> constitucional brasileira.<br />

Referências<br />

BELLAMY, Richard. <strong>Constitucionalismo</strong> Político: Una <strong>de</strong>fensa republicana<br />

<strong>de</strong> la constitucionalidad <strong>de</strong> la <strong>de</strong>mocracia. Trad. Jorge Urdanóz<br />

Ganuza y Santiago Gallego Aldaz. Madrid, Barcelona, Buenos Aires:<br />

Marcial Pons, 2010.<br />

CATTONI, Marcelo. Devi<strong>do</strong> Processo Legislativo. 2. ed. Belo Horizonte:<br />

Mandamentos, 2006<br />

DAHL, Robert. A <strong>de</strong>mocracia e seus críticos. Trad. Patrícia <strong>de</strong> Freitas<br />

Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2012.<br />

HABERMAS, Jürgen. Facticidad y Vali<strong>de</strong>z: sobre el <strong>de</strong>recho y e Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> <strong>de</strong>recho em términos <strong>de</strong> teoria <strong>de</strong>l discurso. Trad. Manuel<br />

Jiménez Re<strong>do</strong>n<strong>do</strong>. 6. ed. Madrid: Editorial Trotta. 2010.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!