04.01.2015 Views

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

O Fututo do Constitucionalismo - Caderno de Resumos [2014][l]

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Separação <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res, Lealda<strong>de</strong> Institucional e<br />

Cooperação Constitucional<br />

Raoni Bielschowsky<br />

Doutoran<strong>do</strong> em Filosofia <strong>do</strong> Direito pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, bolsista CAPES; mestre em Ciências<br />

Jurídico-Políticas pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa; bacharel<br />

em Direito pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Norte. Brasil. rmabiel@<br />

hotmail.com<br />

“Para que não se possa abusar <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r, é preciso que, pela disposição<br />

das coisas, o po<strong>de</strong>r limite o po<strong>de</strong>r”, a clássica frase <strong>do</strong> Barão<br />

<strong>de</strong> Montesquieu no Espírito das Leis retrata uma das construções teóricas<br />

mais influentes da cultura política <strong>do</strong> oci<strong>de</strong>nte: que as funções<br />

<strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r estatal <strong>de</strong>vem ser distribuídas, repartidas e institucionalizadas<br />

em po<strong>de</strong>res autônomos que mutuamente se controlam através<br />

da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> estatuir e da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> impedir. O triunfo político<br />

<strong>de</strong>sta construção po<strong>de</strong> ser reconheci<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gênese <strong>do</strong> constitucionalismo,<br />

quer a realida<strong>de</strong> Norte Americana – com todas suas peculiarida<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong>senhos jurídico-políticas – quer no constitucionalismo<br />

europeu continental – já, inicialmente, no art. 16 da Declaração <strong>do</strong>s<br />

Direitos <strong>do</strong> Homem e <strong>do</strong> Cidadão em França.<br />

Fato é que com a complexida<strong>de</strong> da dinâmica política; com os<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos da teoria <strong>do</strong>s freios e contrapesos; com a intensificação<br />

das relações <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendências e, mesmo, das zonas cinzentas<br />

<strong>de</strong> interseção entre as competências <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res constituí<strong>do</strong>s; com<br />

o avanço da estrutura constitucional, passan<strong>do</strong> historicamente, com<br />

especial relevância, pela criação e reconhecimento <strong>de</strong> instrumentos<br />

<strong>de</strong> controle jurídico <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>; por muitas vezes vê-se<br />

no Esta<strong>do</strong> um ambiente <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira guerrilha institucional 1 , que,<br />

por sua vez, fomenta um ambiente <strong>de</strong> insegurança e incerteza intraestatal.<br />

Os <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos <strong>de</strong>ssa atmosfera <strong>de</strong> tensão são muitos que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!