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O Hypercluster da Economia do Mar.

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Avaliemos as activi<strong>da</strong>des de reparação naval, de construção naval, de aquicultura e de pesca, de portos e<br />

de marinas, de extracção de inertes, de produção de energias renováveis, de transporte marítimo entre o<br />

nosso triângulo e entre ele e o estrangeiro, etc.<br />

Consideremos o valor <strong>da</strong>quilo que a investigação científica pode permitir que venha a ser retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> nosso<br />

vasto mar, sob a forma de nódulos metálicos, de petróleo, de hidrometano, de produtos de biotecnologia de<br />

vasto emprego na saúde humana e na redução de poluentes, nos alimentos <strong>da</strong>s fontes hidrotermais, etc.<br />

Pensemos nos valores extra-merca<strong>do</strong> que o mar cria, quer pelo bem-estar devi<strong>do</strong> à sua proximi<strong>da</strong>de, quer<br />

com o desfrute <strong>da</strong>s suas capaci<strong>da</strong>des recreativas, como as i<strong>da</strong>s à praia ou com as mais-valias que projecta<br />

nas proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong> linha de costa. A sua capaci<strong>da</strong>de de absorção e de processamento de anidri<strong>do</strong><br />

carbónico é vultosa e, igualmente, não se traduz por valores de merca<strong>do</strong>.<br />

Para além <strong>da</strong> importante vertente económica, científica e ambiental, devemos também afirmar e salientar<br />

sem tibiezas a relevante riqueza moral <strong>do</strong> mar, como factor que nos identifica como país distinto no seio de<br />

uma União Europeia tendencialmente padroniza<strong>do</strong>ra, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s países mais pequenos. Portugal tem<br />

uma costa atlântica profun<strong>da</strong>mente aberta a oeste, livre de restrições à navegação, próxima <strong>do</strong> cruzamento<br />

de rotas marítimas importantes e distante de áreas politicamente instáveis e inseguras, o que constitui uma<br />

enorme mais-valia para si próprio e para a União Europeia.<br />

O mar é, pois, a imagem de marca <strong>do</strong> País, pelo conhecimento universal que lhe associa uma geografia e<br />

uma história marítimas muito ricas. É nele que encontramos a dimensão e a profundi<strong>da</strong>de que falta ao<br />

território e é, ain<strong>da</strong>, o mar que tem de gerar o factor grandeza que não existe na mentali<strong>da</strong>de restrita <strong>da</strong><br />

maioria <strong>da</strong> nossa população.<br />

É esta visão nova, deste mar novo, que tem de ser cria<strong>da</strong>, com um projecto para uma imagem e uma cultura<br />

renova<strong>da</strong>s <strong>do</strong> mar e uma postura diferente, enquanto inova<strong>do</strong>ra e pró-activa, <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des civil e política.<br />

Trata-se de um plano ambicioso que exige determinação, esforço e tempo, e que tem de, objectivamente,<br />

identificar os alvos, definir as ideias chave e estabelecer os processos de comunicação. Deverá, depois e à<br />

medi<strong>da</strong> <strong>do</strong> seu desenvolvimento, ir avalian<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s, e em função deles, (re)a<strong>da</strong>ptar o próprio plano.<br />

Os alvos prioritários <strong>do</strong> plano de comunicação a desenvolver deverão ser os empreende<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s<br />

activi<strong>da</strong>des económicas liga<strong>da</strong>s ao mar e os que constituem a sua força de trabalho, ambos numa visão<br />

sobretu<strong>do</strong> prospectiva, embora sem descurar os actores actuais. Empreende<strong>do</strong>res e mão-de-obra<br />

qualifica<strong>da</strong> têm de crescer de mo<strong>do</strong> coordena<strong>do</strong>, quebran<strong>do</strong> o ciclo vicioso que actualmente se verifica<br />

nalguns segmentos, de não se investir porque não há opera<strong>do</strong>res para o sistema e de os jovens não<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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