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O Hypercluster da Economia do Mar.

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Os investimentos de especialização, as redes de empresas interdependentes para operarem nos merca<strong>do</strong>s<br />

globais, a organização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des económicas para o merca<strong>do</strong> interno local actuan<strong>do</strong> como redes<br />

complementares <strong>do</strong>s sectores de especialização, não conseguirão estabelecer plataformas empresariais<br />

dura<strong>do</strong>uras e com potencial moderniza<strong>do</strong>r se os comportamentos sociais não se a<strong>da</strong>ptarem a este novo<br />

contexto.<br />

O objectivo último desta matriz estratégica é a consoli<strong>da</strong>ção de uma estratégia de competitivi<strong>da</strong>de que<br />

permita concretizar a estratégia de modernização. O que começou pela estratégia de especialização, pela<br />

estruturação de redes de empresas e pela a<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong>s comportamentos sociais ao novo tipo de resolução<br />

<strong>da</strong>s relações conflituais, tem realmente por finali<strong>da</strong>de estabelecer um padrão de equilíbrio para a<br />

organização <strong>da</strong> economia que lhe permita operar nos merca<strong>do</strong>s competitivos e alimentar as activi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s<br />

empresas que continuam a operar no merca<strong>do</strong> interno local. É este padrão de equilíbrio que permite a uma<br />

economia organiza<strong>da</strong> deste mo<strong>do</strong> operar em graus de risco eleva<strong>do</strong>s e assegurar a geração <strong>do</strong>s<br />

rendimentos <strong>do</strong> trabalho e a acumulação sustenta<strong>da</strong> de capitais que satisfaçam as necessi<strong>da</strong>des sociais e<br />

continuem a financiar as fases seguintes <strong>do</strong> crescimento económico.<br />

Onde estiver forma<strong>do</strong> este padrão de equilíbrio, os investimentos externos e a escolha de novas<br />

especializações serão os contributos adicionais, em perío<strong>do</strong>s sucessivos, para a consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> estratégia<br />

de modernização. Pelo contrário, onde estes passos não forem <strong>da</strong><strong>do</strong>s, e onde a sequência que vai <strong>da</strong><br />

especialização à competitivi<strong>da</strong>de for interrompi<strong>da</strong> (porque os centros empresariais não têm dimensão<br />

suficiente, porque as activi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> interno local esgotam os recursos disponíveis ou porque os<br />

comportamentos sociais não aban<strong>do</strong>nam a racionalização <strong>do</strong>s jogos de soma nula), a estratégia de<br />

modernização não será consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> e haverá, em seu lugar, uma evolução no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong> marginalização.<br />

3. Uma descontinui<strong>da</strong>de na economia portuguesa. A necessi<strong>da</strong>de de um novo<br />

modelo de desenvolvimento<br />

A noção de descontinui<strong>da</strong>de deve ser usa<strong>da</strong> com especiais precauções, na medi<strong>da</strong> em que corresponde a<br />

uma crise de máxima intensi<strong>da</strong>de, que implica a impossibili<strong>da</strong>de de reprodução <strong>da</strong> ordem social existente,<br />

mas quan<strong>do</strong> a resposta aos efeitos dessa crise só pode ser encontra<strong>da</strong> se for admiti<strong>da</strong> a inevitabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

mu<strong>da</strong>nça – um processo que não resulta <strong>da</strong> vontade <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, mas sim <strong>da</strong> força <strong>da</strong>s coisas. Onde for<br />

possível diagnosticar com segurança que se está próximo de um ponto de descontinui<strong>da</strong>de, as estratégias<br />

<strong>do</strong>s grupos sociais e os projectos empresariais ficam na expectativa <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça – no senti<strong>do</strong> em que já não<br />

se decide em função <strong>do</strong> que se conhece <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> (que perdeu viabili<strong>da</strong>de), mas também não se decide<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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