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O Hypercluster da Economia do Mar.

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É no quadro destas limitações, que sempre existiram na economia portuguesa mas que a sua evolução<br />

recente acentuou, que os sectores de activi<strong>da</strong>de relaciona<strong>do</strong>s com o mar aparecem como oportuni<strong>da</strong>des<br />

promissoras de organização de iniciativas empresariais com eleva<strong>do</strong> potencial inova<strong>do</strong>r e que têm<br />

capaci<strong>da</strong>de para atraírem investimento externo de quali<strong>da</strong>de. Na <strong>do</strong>tação de recursos naturais <strong>do</strong> espaço<br />

económico português, o mar é o mais importante, o menos explora<strong>do</strong> e aquele que previsivelmente irá ter<br />

um desenvolvimento mais relevante em termos de criação de valor na economia mundial.<br />

A escolha deste <strong>do</strong>mínio de activi<strong>da</strong>de como um <strong>do</strong>s vectores directores <strong>da</strong> configuração <strong>do</strong> sistema<br />

económico português aparece, assim, como o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> intersecção <strong>da</strong>s actuais dificul<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />

estratégia de modernização portuguesa com o que são as previsões <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des com maior potencial de<br />

criação de valor na economia mundial. É, ao mesmo tempo, uma reformulação de activi<strong>da</strong>des que há muito<br />

existem na economia portuguesa e a abertura de uma nova fronteira de exploração económica, com novas<br />

activi<strong>da</strong>des e novas articulações sectoriais. É, ao mesmo tempo, pensar a tradição e pensar a inovação,<br />

abrin<strong>do</strong> novos horizontes para a criação de emprego e para a interrelação de sectores cujo desenvolvimento<br />

se reforce mutuamente.<br />

Numa época marca<strong>da</strong> por descontinui<strong>da</strong>des, nos padrões e modelos de desenvolvimento na escala global, e<br />

nas circunstâncias específicas <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> economia portuguesa, a exploração <strong>do</strong>s sectores de<br />

activi<strong>da</strong>de associa<strong>do</strong>s com o mar aparece, para Portugal, como a possibili<strong>da</strong>de de exploração de uma<br />

continui<strong>da</strong>de estrutural que é constituinte <strong>da</strong> sua identi<strong>da</strong>de histórica.<br />

No passa<strong>do</strong>, o mar foi um activo estratégico decisivo em termos de emprego, de iniciativas empresariais, de<br />

funções e serviços de mobili<strong>da</strong>de e de relevância nas relações internacionais. Nas actuais condições<br />

estratégicas, as exigências tecnológicas e científicas são superiores, mas o mar também é visto agora como<br />

um recurso natural com uma varie<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des muito superior ao que era considera<strong>do</strong> na<br />

perspectiva tradicional. Confronta<strong>do</strong>s com estas múltiplas descontinui<strong>da</strong>des, quan<strong>do</strong> os decisores<br />

portugueses estão obriga<strong>do</strong>s a fazer uma interpretação adequa<strong>da</strong> <strong>do</strong> que são os seus campos efectivos de<br />

acção depois <strong>da</strong> acumulação de insucessos nas estratégias de modernização, o mar aparece como o<br />

desafio mais promissor, aquele onde se encontram oportuni<strong>da</strong>des importantes de criação de valor.<br />

Se o mar constitui uma continui<strong>da</strong>de cultural na identi<strong>da</strong>de de Portugal, a sua inclusão numa estratégia<br />

económica de modernização torna-se mais necessária e urgente porque há uma mu<strong>da</strong>nça no padrão de<br />

modernização que exige a reformulação <strong>do</strong> modelo de desenvolvimento – e porque essas tarefas<br />

necessárias só serão bem sucedi<strong>da</strong>s se for ti<strong>da</strong> em conta a passagem <strong>da</strong> economia nacional delimita<strong>da</strong> por<br />

barreiras proteccionistas para a economia aberta competitiva, onde os projectos empresariais deverão ser<br />

concebi<strong>do</strong>s em função <strong>da</strong> sua integração em redes empresariais e em segmentos sectoriais em escala<br />

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O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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