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O Hypercluster da Economia do Mar.

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encontravam nas outras economias directamente concorrentes no espaço europeu (Espanha, Grécia e<br />

Irlan<strong>da</strong>), que tiveram uma evolução mais positiva, em parte porque também tinham um sistema de<br />

constrangimentos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> menos restritivo.<br />

É com a integração no sistema <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> única europeia que o efeito cumulativo <strong>da</strong>s anteriores escolhas<br />

inadequa<strong>da</strong>s, a que se adiciona o erro de interpretação <strong>do</strong> que estava implícito na disciplina <strong>do</strong> Euro(que<br />

penalizava os défices orçamentais e os défices de capital nas empresas), vai acentuar o peso <strong>do</strong>s<br />

constrangimentos que limitam a liber<strong>da</strong>de de movimentos na economia portuguesa. A necessi<strong>da</strong>de de<br />

corrigir os desequilíbrios acumula<strong>do</strong>s nos défices orçamentais e nas deficiências de capitalização <strong>da</strong>s<br />

empresas exigiu a a<strong>do</strong>pção de medi<strong>da</strong>s restritivas e de compressão de despesa, mas isso manteve a<br />

anterior estrutura <strong>da</strong>s relações, limitan<strong>do</strong>-se a reduzir a escala sem reformular as fontes gera<strong>do</strong>ras desses<br />

desequilíbrios que tem agora de se controlar. Isto é, logo que se voltar a abrir a possibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />

crescimento, também se voltará a encontrar a evidência <strong>do</strong>s desequilíbrios.<br />

A integração europeia, primeiro, a integração no sistema de moe<strong>da</strong> única europeia, depois, vieram revelar<br />

que a boa definição <strong>do</strong> programa estratégico de modernização por convergência não encontrou a adequa<strong>da</strong><br />

correspondência nas decisões políticas e empresariais internas e nos comportamentos sociais na socie<strong>da</strong>de<br />

portuguesa. O que deveria ter constituí<strong>do</strong> uma resolução <strong>da</strong> dúvi<strong>da</strong> sobre o que seria a estratégia de<br />

modernização e desenvolvimento, dentro <strong>do</strong> objectivo geral de convergência com as economias europeias<br />

mais evoluí<strong>da</strong>s (que seria a condição de base para incorporar a economia portuguesa no espaço económico<br />

europeu), veio tornar evidente que há desajustamentos entre <strong>do</strong>is tipos de racionali<strong>da</strong>de (a racionali<strong>da</strong>de<br />

produtiva e competitiva de um la<strong>do</strong>, a racionali<strong>da</strong>de distributiva e igualitária de outro la<strong>do</strong>). E os dirigentes<br />

políticos, que deveriam regular a articulação entre racionali<strong>da</strong>des de mo<strong>do</strong> a estabilizar a trajectória<br />

colectiva, aparecem como primeiros responsáveis pela persistência deste desajustamento e pela<br />

consoli<strong>da</strong>ção dessas racionali<strong>da</strong>des diferencia<strong>da</strong>s na socie<strong>da</strong>de portuguesa.<br />

c. Os três padrões de modernização<br />

A informação mais importante para a formulação de estratégias económicas que se encontra nas últimas<br />

quatro déca<strong>da</strong>s é a que descreve as passagens entre três padrões de modernização que ocorreram neste<br />

perío<strong>do</strong> e estabelece as características de ca<strong>da</strong> um destes padrões de modernização. É uma informação<br />

crucial porque determina o que são as condições estratégicas de sucesso em ca<strong>da</strong> caso, mas também<br />

porque mostra que empresas, sectores e políticas têm de se a<strong>da</strong>ptar às mu<strong>da</strong>nças <strong>do</strong>s padrões de<br />

modernização para poderem existir em prazos longos. É uma informação necessária, pois sem ela não se<br />

pode identificar o que deve ser feito para o futuro (que tipo de empresas e que tipo de sectores), nem se<br />

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O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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