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O Hypercluster da Economia do Mar.

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Esta<strong>do</strong> podiam introduzir dispositivos de distribuição de rendimentos que favoreciam a redução <strong>da</strong>s<br />

desigual<strong>da</strong>des.<br />

Na mu<strong>da</strong>nça de padrão de modernização <strong>da</strong>s economias nacionais para as economias globaliza<strong>da</strong>s está<br />

implícita uma necessi<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nça de modelo de socie<strong>da</strong>de e de valores que presidem à racionalização<br />

<strong>do</strong>s comportamentos. To<strong>da</strong>via, não está garanti<strong>do</strong>, em nenhuma socie<strong>da</strong>de, que estas duas mu<strong>da</strong>nças<br />

ocorram em sintonia, de tal mo<strong>do</strong> que o ritmo de mu<strong>da</strong>nça nas relações económicas ocorra ao mesmo<br />

tempo que está a realizar-se a mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong>s valores, <strong>da</strong>s racionalizações e <strong>do</strong>s comportamentos nas<br />

socie<strong>da</strong>des.<br />

Onde existir a diferenciação nos ritmos <strong>da</strong>s duas mu<strong>da</strong>nças – o que é mais provável nas socie<strong>da</strong>des que<br />

não têm uma posição de iniciativa na implantação <strong>do</strong> padrão de modernização <strong>da</strong> globalização competitiva –<br />

a perplexi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s agentes sociais quan<strong>do</strong> não conseguem realizar os valores que expressam na sua<br />

vontade (eleitoral) e nas suas racionalizações (culturais) tem como tradução central a crise política (porque<br />

os valores expressos não encontram confirmação nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s) e a crise económica (porque a<br />

resistência aos processos competitivos e, em especial, a rejeição social <strong>da</strong> desigual<strong>da</strong>de inerente à<br />

competitivi<strong>da</strong>de, prejudicam a a<strong>do</strong>pção <strong>da</strong>s atitudes adequa<strong>da</strong>s à vitória competitiva). Aumenta a<br />

perplexi<strong>da</strong>de social ao mesmo tempo que aumenta a distância entre essa socie<strong>da</strong>de que procura resistir à<br />

mu<strong>da</strong>nça económica e as socie<strong>da</strong>des que têm posições de iniciativa e de a<strong>da</strong>ptação rápi<strong>da</strong> ao processo de<br />

mu<strong>da</strong>nça nas condições económicas.<br />

Um <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s de a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des, nestes contextos de perplexi<strong>da</strong>de e de desfasamento entre os<br />

objectivos deseja<strong>do</strong>s e os objectivos concretiza<strong>do</strong>s, consiste na diferenciação de estilos de vi<strong>da</strong>, que são<br />

mo<strong>do</strong>s de ajustamento às diferenciações de possibili<strong>da</strong>des que resultam <strong>do</strong>s diferentes graus de a<strong>da</strong>ptação<br />

à evolução <strong>da</strong>s condições económicas e à evolução <strong>da</strong> concretização <strong>do</strong>s valores defendi<strong>do</strong>s. A relativa<br />

uniformi<strong>da</strong>de de estilos de vi<strong>da</strong> que se encontra nas socie<strong>da</strong>des de evolução estável é substituí<strong>da</strong> pela<br />

proliferação de variantes que se a<strong>da</strong>ptam, com maior ou menor estabili<strong>da</strong>de, às condições concretas em que<br />

se formam e com que se defrontam. A relativa uniformi<strong>da</strong>de social, que facilita a concepção de políticas<br />

sociais com aplicação também uniforme, é substituí<strong>da</strong> por uma socie<strong>da</strong>de em mosaico, resultan<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

justaposição de estilos de vi<strong>da</strong> varia<strong>do</strong>s que se ajustam de mo<strong>do</strong> diferencia<strong>do</strong> às políticas sociais existentes.<br />

As políticas sociais, por sua vez, não podem diferenciar-se com a mesma amplitude e com a mesma rapidez<br />

que caracteriza a formação destes diversos estilos de vi<strong>da</strong>, pelo que tendem a evoluir para políticas de<br />

mínimos comuns assegura<strong>da</strong>s pelos dispositivos públicos controla<strong>do</strong>s pelo Esta<strong>do</strong>, depois complementa<strong>da</strong>s<br />

com produtos de seguros priva<strong>do</strong>s para os segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de que podem participar nesses<br />

dispositivos priva<strong>do</strong>s.<br />

36<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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