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O Hypercluster da Economia do Mar.

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iniciativas <strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res externos <strong>do</strong> que <strong>do</strong>s projectos <strong>do</strong>s agentes económicos nacionais. Por isso<br />

mesmo, será maior a resistência à mu<strong>da</strong>nça em direcção à especialização competitiva, à avaliação <strong>da</strong>s<br />

melhores práticas, à mobili<strong>da</strong>de profissional e à flexibili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s estatutos adquiri<strong>do</strong>s.<br />

Mas porque existe esta resistência interna, também será menor o interesse de investi<strong>do</strong>res externos por esta<br />

economia que não se modernizou na escala necessária no padrão estratégico anterior e não revela sinais de<br />

modernização no novo padrão estratégico. Neste senti<strong>do</strong>, a economia portuguesa revela a sua<br />

vulnerabili<strong>da</strong>de na sua reduzi<strong>da</strong> visibili<strong>da</strong>de nos merca<strong>do</strong>s internacionais, não ten<strong>do</strong> aproveita<strong>do</strong> as fases de<br />

abertura ao exterior que existiram depois <strong>da</strong> integração na EFTA e na Comuni<strong>da</strong>de Europeia, nem depois <strong>da</strong><br />

integração no sistema <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> única europeia. Este é um indica<strong>do</strong>r objectivo sobre o passa<strong>do</strong>, mas que<br />

constitui um aviso para o futuro. Repetir os mesmos procedimentos ou cometer os mesmos erros de<br />

regulação terá, com eleva<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de, o mesmo resulta<strong>do</strong> decepcionante em termos de aproveitamento<br />

<strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des de modernização por interrelação com o exterior.<br />

c. A regulação nas relações entre o Esta<strong>do</strong> e as empresas. Os passos necessários<br />

Os novos mo<strong>do</strong>s de regulação no padrão de modernização <strong>da</strong> globalização competitiva implicam a<br />

reformulação <strong>da</strong>s relações entre o Esta<strong>do</strong> e as empresas, que deixa de ser uma relação de protecção e de<br />

controlo, para passar a ter de ser uma relação de cooperação e de parceria, em que Esta<strong>do</strong> e empresas<br />

devem promover a a<strong>do</strong>pção <strong>da</strong>s melhores práticas competitivas e de gestão <strong>do</strong>s recursos escassos.<br />

Alteran<strong>do</strong>-se o padrão de modernização e o modelo de desenvolvimento, alteran<strong>do</strong>-se a configuração <strong>da</strong><br />

economia, será inevitável que se altere o comportamento <strong>do</strong>s agentes económicos – e isso significa em<br />

primeira linha, no caso português, alterar a relação que tradicionalmente se estabeleceu entre o Esta<strong>do</strong> e as<br />

empresas e entre o Esta<strong>do</strong> e os grupos sociais. Não sen<strong>do</strong> viável prolongar uma relação de proteccionismo<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em relação às empresas e ao merca<strong>do</strong> interno, não ten<strong>do</strong> sustentabili<strong>da</strong>de um controlo directo <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> sobre as empresas, não sen<strong>do</strong> possível continuar a alargar as funções <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no financiamento<br />

<strong>da</strong>s políticas sociais, a procura de um novo tipo de relacionamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com a economia e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

com a socie<strong>da</strong>de é uma necessi<strong>da</strong>de imposta pela a<strong>da</strong>ptação a um novo padrão de modernização.<br />

O primeiro passo para esse objectivo será o reconhecimento de que as empresas não têm o mesmo estatuto<br />

nem estão subordina<strong>da</strong>s ao mesmo tipo de regras, no senti<strong>do</strong> em que estatuto e regras são diferencia<strong>do</strong>s<br />

em função <strong>do</strong> tipo de merca<strong>do</strong> em que operam – o local, o regional ou o global. Não é possível estabelecer<br />

normas administrativas únicas para to<strong>da</strong>s as empresas, como era natural nas condições tradicionais <strong>da</strong><br />

economia nacional e como era considera<strong>do</strong> necessário em termos de igual<strong>da</strong>de de condições perante a<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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