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O Hypercluster da Economia do Mar.

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A eleva<strong>da</strong> concorrência global a que os sectores componentes <strong>do</strong> <strong>Hypercluster</strong> estão sujeitos exigem uma<br />

oferta de produtos e serviços inova<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong> que a capaci<strong>da</strong>de de inovação está associa<strong>da</strong> à informação<br />

e conhecimento sobre os clientes-consumi<strong>do</strong>res e os merca<strong>do</strong>s em geral.<br />

A produção de factores de inovação é o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> formação de plataformas organizacionais e de<br />

competências com essa finali<strong>da</strong>de específica. A inovação não é o resulta<strong>do</strong> de intuições e de inspirações, é<br />

o efeito de uma disciplina orienta<strong>da</strong> para essa finali<strong>da</strong>de – com as correspondentes correcções e alterações<br />

quan<strong>do</strong> os produtos obti<strong>do</strong>s não são satisfatórios.<br />

Numa especialização competitiva que tem de operar em merca<strong>do</strong>s de referência internacionais e que é<br />

forma<strong>da</strong> por um grande e diverso conjunto de activi<strong>da</strong>des, não é provável que as uni<strong>da</strong>des empresariais que<br />

a integram atinjam dimensão suficiente para terem as competências necessárias para a criação sistemática<br />

de factores de inovação para to<strong>do</strong> o conjunto. Por outro la<strong>do</strong>, a importância <strong>do</strong> desenvolvimento e afirmação<br />

<strong>do</strong> <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> para as possibili<strong>da</strong>des de desenvolvimento e modernização <strong>da</strong><br />

economia portuguesa, justifica, assim, que o poder político financie uma estrutura institucional vocaciona<strong>da</strong><br />

para a formulação, o ensaio e o apoio a iniciativas criativas, de investigação e desenvolvimento a nível de<br />

merca<strong>do</strong>s bem como a nível de processos e tecnologias. Este seria um organismo dinamiza<strong>do</strong>r e<br />

transversal, com funções específicas ao nível <strong>da</strong> produção de conhecimento e <strong>da</strong> produção de pensamento<br />

e visão estratégica para as activi<strong>da</strong>des e para o conjunto <strong>do</strong> <strong>Hypercluster</strong>, a que teriam acesso to<strong>da</strong>s as<br />

enti<strong>da</strong>des empresariais nele integra<strong>da</strong>s e que, simultaneamente, permitiria ao poder político exercer uma<br />

influência orienta<strong>do</strong>ra e coordena<strong>do</strong>ra <strong>da</strong>s diversas activi<strong>da</strong>des.<br />

A organização funcional em <strong>Hypercluster</strong> integra<strong>do</strong> de activi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s ao mar implica a sua reinvenção,<br />

no senti<strong>do</strong> em que não pode ser o simples prolongamento <strong>do</strong> funcionamento tradicional <strong>do</strong>s vários<br />

componentes que evoluíram dentro <strong>do</strong> quadro de uma economia nacional tradicional. Derivam <strong>da</strong>qui novas<br />

exigências e obrigações para as enti<strong>da</strong>des políticas e para os agentes priva<strong>do</strong>s que operam no sector. Entre<br />

estas novas exigências e obrigações, a primeira, e <strong>da</strong> qual to<strong>da</strong>s as outras dependem, é a atenção<br />

estratégica ao “exterior”, aos clientes e aos concorrentes, porque é nesse horizonte que se decide o sucesso<br />

ou o fracasso <strong>da</strong> escolha <strong>do</strong> <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> como especialização competitiva <strong>da</strong><br />

economia portuguesa. É uma mu<strong>da</strong>nça de óptica radical, mas é isso que <strong>da</strong>rá conteú<strong>do</strong> a uma mu<strong>da</strong>nça,<br />

igualmente radical, <strong>do</strong> modelo de desenvolvimento português.<br />

Como a SaeR tem vin<strong>do</strong> a alertar 47 , “‘Ver, perspectivar e aprender’ são as condições prévias <strong>da</strong><br />

competitivi<strong>da</strong>de e aparecem como exigências que se colocam tanto aos responsáveis políticos como aos<br />

47 Cf., por exemplo, CTP/SaeR – Reinventan<strong>do</strong> o turismo em Portugal. Estratégia de desenvolvimento turístico português no 1º<br />

quartel <strong>do</strong> séc. XXI, CTP, Junho 2005<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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