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O Hypercluster da Economia do Mar.

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A situação em Portugal<br />

Os contributos para a <strong>Economia</strong> Portuguesa<br />

A activi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>Mar</strong>inha em Portugal nas suas múltiplas componentes de acções essencialmente militares,<br />

acções de serviço público não essencialmente militares prevalecentes em tempo de paz, acções científicas<br />

de investigação <strong>do</strong> mar, acções culturais, etc., envolve o contributo de cerca de 15.000 pessoas, distribuí<strong>da</strong>s<br />

por militares, militariza<strong>do</strong>s e civis, respectivamente, 73%, 7% e 20%. Admite-se, por estes valores, que, à<br />

semelhança <strong>do</strong> que acontece na generali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s países, a <strong>Mar</strong>inha seja um <strong>do</strong>s maiores emprega<strong>do</strong>res<br />

dentro <strong>do</strong> <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>. Muito desse pessoal tem, face à estrutura <strong>da</strong>s missões <strong>da</strong><br />

<strong>Mar</strong>inha, uma ampla interacção com a socie<strong>da</strong>de civil, enquanto no desempenho <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de formal, mas<br />

acaba também por enriquecer a força de trabalho <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio marítimo, quan<strong>do</strong> deixa o serviço activo, quer<br />

por saí<strong>da</strong>s antecipa<strong>da</strong>s <strong>da</strong> carreira, quer por fim <strong>do</strong> serviço por contrato ou, ain<strong>da</strong>, por passagem à reserva.<br />

Obviamente que o fim <strong>do</strong> serviço militar obrigatório reduziu as transferências de pessoas entre a Instituição<br />

Militar e a socie<strong>da</strong>de civil. Contu<strong>do</strong>, pensamos ser possível, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as carências de pessoal técnico para as<br />

activi<strong>da</strong>des marítimas senti<strong>da</strong>s no País, e também algumas experiências já havi<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>r maior<br />

aproveitamento às escolas <strong>da</strong> <strong>Mar</strong>inha, forman<strong>do</strong> nelas civis destina<strong>do</strong>s a essas tarefas, mediante<br />

compensação adequa<strong>da</strong>.<br />

A estrutura <strong>do</strong> orçamento <strong>da</strong> <strong>Mar</strong>inha tem duas componentes relativamente estáveis: a <strong>do</strong> Pessoal e a de<br />

Operação e Manutenção (O&M), enquanto a de Investimento sofre grandes oscilações devi<strong>da</strong>s à<br />

irregulari<strong>da</strong>de, indesejável, <strong>do</strong>s programas de reequipamento. O valor típico de O&M é <strong>da</strong> ordem <strong>do</strong>s 90<br />

milhões de €, <strong>do</strong>s quais cerca de 60% destina<strong>do</strong>s à reparação de navios, incluin<strong>do</strong> sobressalentes, e 16% a<br />

combustíveis. A manutenção de infra-estruturas fica-se pelos 6%, enquanto a alimentação, o far<strong>da</strong>mento,<br />

etc., são responsáveis pelos restantes 18%. O investimento que resulta de verbas <strong>da</strong> Lei de Programação<br />

Militar e <strong>do</strong> PIDDAC tem, em 2008, orçamenta<strong>do</strong> um valor de 154,6 milhões de euros (122,6 M <strong>da</strong> LPM e 32<br />

M <strong>do</strong> PIDDAC), ou seja, três vezes mais <strong>do</strong> que a média <strong>do</strong>s últimos dez anos. Uma parte muito significativa<br />

destes valores entra directamente nos circuitos <strong>da</strong> economia nacional, enquanto a respeitante a aquisições<br />

de meios navais no estrangeiro se reflecte internamente através <strong>do</strong>s contratos de contraparti<strong>da</strong>s.<br />

O investimento em novas construções deverá ser aproveita<strong>do</strong> como motor de modernização <strong>do</strong>s estaleiros<br />

nacionais, quer através <strong>da</strong>s encomen<strong>da</strong>s directas, quer por via <strong>da</strong>s contraparti<strong>da</strong>s. Esta é uma linha de<br />

acção que foi segui<strong>da</strong> em vários países europeus e que poderá constituir a última oportuni<strong>da</strong>de para manter<br />

construção naval de vulto no nosso País.<br />

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O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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