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O Hypercluster da Economia do Mar.

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produtivi<strong>da</strong>de e o custo <strong>do</strong> trabalho. Os <strong>do</strong>is primeiros efeitos são necessários para configurar a indústria<br />

naval, mas não são suficientes se o terceiro efeito não estiver assegura<strong>do</strong>. Podem existir condições de base<br />

favoráveis (como acontece no caso de Portugal), mas se o terceiro efeito for desfavorável (como acontece<br />

no caso de Portugal e, em geral, na Europa) não haverá viabili<strong>da</strong>de sustenta<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas.<br />

A importância relativa destes três efeitos não é a mesma na construção e na reparação. Para a construção,<br />

a localização não é um factor crítico, na medi<strong>da</strong> em que o custo <strong>da</strong> deslocação <strong>do</strong> navio construí<strong>do</strong> é<br />

irrelevante na cadeia de custos. Na reparação, pelo contrário, a área de captação de encomen<strong>da</strong>s determina<br />

o seu merca<strong>do</strong> potencial, o que torna este factor crítico para a configuração <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s empresas,<br />

que têm de estar dimensiona<strong>da</strong>s para esse seu merca<strong>do</strong> efectivo defini<strong>do</strong> pela sua localização em relação<br />

às rotas de navegação. Em contraparti<strong>da</strong>, o financiamento é crucial no caso <strong>da</strong> construção, pelo valor<br />

envolvi<strong>do</strong> (para o arma<strong>do</strong>r) e porque se trata de uma operação plurianual (para o construtor), mas é menos<br />

importante nas activi<strong>da</strong>des de reparação (onde se limita a operações comerciais correntes). A eficiência é<br />

decisiva tanto para a construção como para a reparação, mas em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des diferentes. A construção é<br />

uma activi<strong>da</strong>de planea<strong>da</strong>, com prazos longos de execução, onde a disciplina <strong>da</strong> organização e a<br />

programação <strong>da</strong>s fases de execução de diferentes partes <strong>do</strong> navio vão ser condições de sucesso no plano<br />

técnico, no plano <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>s prazos e no plano <strong>do</strong> controlo <strong>do</strong>s custos. A reparação tem um grau<br />

de planeamento inferior mas, em contraparti<strong>da</strong>, tem uma necessi<strong>da</strong>de de flexibili<strong>da</strong>de e de improvisação que<br />

são necessárias para cumprir prazos e orçamentos ao mesmo tempo que se negoceiam trabalhos adicionais<br />

que se revelam necessários à medi<strong>da</strong> que se realizam as reparações inicialmente contrata<strong>da</strong>s.<br />

Para uma <strong>da</strong><strong>da</strong> localização (que estabelece a escala <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> potencial) e admitin<strong>do</strong> que as enti<strong>da</strong>des<br />

financeiras organizam os produtos de financiamento adequa<strong>do</strong>s, o que decide <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de continua<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

empresas de construção e reparação naval é o grau de eficiência que conseguirem estabelecer na<br />

organização <strong>da</strong>s suas competências profissionais e no controlo <strong>do</strong>s seus custos. O tipo de eficiência varia<br />

entre a construção e a reparação mas, ten<strong>do</strong> em conta esta necessi<strong>da</strong>de de ajustamento ao tipo de<br />

activi<strong>da</strong>de, é <strong>da</strong> organização e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s recursos humanos que depende o que é essencial.<br />

Factores de dimensão e procura<br />

A indústria naval teve uma evolução nas últimas déca<strong>da</strong>s que evidencia a sua per<strong>da</strong> de influência na<br />

indústria europeia, o que encontra justificação na alteração <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e <strong>da</strong> evolução <strong>do</strong>s custos, a que<br />

correspondeu a deslocação <strong>do</strong> centro de gravi<strong>da</strong>de deste sector para o Oriente. Desde a déca<strong>da</strong> de 1970, o<br />

excesso de capaci<strong>da</strong>de no sector <strong>do</strong> transporte naval impediu a subi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s fretes e isso repercutiu-se na<br />

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O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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