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O Hypercluster da Economia do Mar.

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uma economia e de uma socie<strong>da</strong>de, mas sem essa selecção não haverá estratégia para a globalização<br />

competitiva.<br />

No caso de Portugal, a concretização de um cenário de afirmação pressupõe que estejam identifica<strong>do</strong>s os<br />

elementos constituintes de <strong>do</strong>is conjuntos de <strong>do</strong>mínios ou de campos de acção, os seus <strong>do</strong>mínios de<br />

vocação própria que sustentem especializações sectoriais e o seu <strong>do</strong>mínio de relevância no sistema de<br />

relações internacionais. De um la<strong>do</strong>, um sistema de sectores de activi<strong>da</strong>de que, partin<strong>do</strong> de vantagens<br />

competitivas nacionais, permitam operar na escala <strong>da</strong> globalização competitiva. De outro la<strong>do</strong>, a<br />

estruturação de um sistema de relações que ofereça a Portugal um papel de protagonismo e de iniciativa<br />

nos campos <strong>da</strong> cooperação internacional. A <strong>do</strong>tação de vocações próprias é muito desigual entre países,<br />

mas to<strong>do</strong>s têm de estabelecer quais são as suas para conceber as suas estratégias competitivas. Quanto<br />

menor for a varie<strong>da</strong>de e o valor dessa <strong>do</strong>tação de vocações próprias, mais prudente deverá ser a utilização<br />

económica dessas oportuni<strong>da</strong>des. Também to<strong>do</strong>s os países que tiverem como objectivo central preservar a<br />

sua autonomia formulam políticas externas que lhes abram oportuni<strong>da</strong>des de protagonismo e de relevância<br />

nas relações internacionais, aumentan<strong>do</strong> assim o seu grau de atractivi<strong>da</strong>de. É naqueles países de menor<br />

dimensão ou que perderam factores de relevância que tiveram no passa<strong>do</strong> que se exige maior prudência na<br />

resolução <strong>da</strong> sua questão estratégica fun<strong>da</strong>mental, a <strong>do</strong> seu lugar e a <strong>do</strong> seu papel no mun<strong>do</strong>.<br />

No contexto <strong>do</strong> primeiro quartel <strong>do</strong> século XXI, há cinco <strong>do</strong>mínios de vocação própria que Portugal pode<br />

explorar e saber desenvolver com os recursos de que dispõe. No seu conjunto, e se forem explora<strong>do</strong>s de<br />

mo<strong>do</strong> integra<strong>do</strong>, têm potência suficiente para constituírem uma plataforma de modernização que arraste<br />

outros sectores mais tradicionais, pelas suas interconexões e pela difusão de boas práticas empresariais e<br />

de adequa<strong>do</strong>s comportamentos sociais. Para além disso, têm um forte potencial de criação de emprego,<br />

uma condição relevante para sustentar a fase de transição entre o modelo de desenvolvimento <strong>da</strong> economia<br />

nacional (com os seus dispositivos de protecção social) e o modelo de desenvolvimento <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de<br />

(onde os dispositivos de protecção social serão função <strong>da</strong> criação de valor nessa economia e nessa<br />

socie<strong>da</strong>de). Esses cinco <strong>do</strong>mínios de vocação directa ou própria são o turismo, o ambiente, a valorização <strong>do</strong><br />

papel <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des como núcleos de desenvolvimento, os serviços de valor acrescenta<strong>do</strong> e a economia <strong>do</strong><br />

mar. Estas cinco vocações próprias não são sectores económicos em senti<strong>do</strong> estrito, mas delas derivam<br />

espaços de activi<strong>da</strong>des económicas que estruturam os sectores.<br />

O turismo, o ambiente e os serviços de valor acrescenta<strong>do</strong> (na saúde, na resposta às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />

terceira i<strong>da</strong>de, na educação, formação e produção de conteú<strong>do</strong>s) são áreas de oportuni<strong>da</strong>de onde já há<br />

experiência adquiri<strong>da</strong> e um eleva<strong>do</strong> potencial de procura, permitin<strong>do</strong> conceber estratégias empresariais com<br />

escala europeia com criação de volumes de emprego eleva<strong>do</strong>s e diversifica<strong>do</strong>s. A regeneração e a<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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