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O Hypercluster da Economia do Mar.

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natural obti<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>s hidratos de metano localiza<strong>do</strong>s no fun<strong>do</strong> os Oceanos. A instabili<strong>da</strong>de dura<strong>do</strong>ura<br />

nas regiões onde se concentra actualmente o essencial <strong>da</strong>s reservas de petróleo e gás natural – Golfo<br />

Pérsico e Médio Oriente – deverá determinar um duplo movimento em direcção ao mar – os países<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Norte irão procurar fazer <strong>do</strong> Árctico uma base segura de exploração energética, enquanto<br />

as economias emergentes – China, Índia, Brasil e Turquia – deverão apostar na exploração intensiva <strong>do</strong><br />

potencial energético <strong>da</strong> sua plataforma continental.<br />

Pela primeira vez, os Oceanos deverão ser encara<strong>do</strong>s como uma fonte imprescindível de minerais,<br />

nomea<strong>da</strong>mente aqueles que hoje se concentram na África Central e <strong>do</strong> Sul, já que devi<strong>do</strong> à dificul<strong>da</strong>de de<br />

estabilizar em tempo útil essas regiões se torna necessário aceder a outras fontes de minerais de<br />

importância militar e civil (por exemplo para a futura difusão de motorizações híbri<strong>da</strong>s e eléctricas exigin<strong>do</strong><br />

baterias e cobalto) constituin<strong>do</strong> os nódulos metálicos existentes no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mares uma alternativa, hoje<br />

ain<strong>da</strong> impensável devi<strong>do</strong> aos custos <strong>da</strong>s tecnologias, mas inevitável dentro de trinta anos.<br />

A descoberta recente de formas de vi<strong>da</strong> em condições extremas a grandes profundi<strong>da</strong>des, vão fornecer, por<br />

outro la<strong>do</strong>, uma base completamente nova de exploração biotecnológica com impactos previsíveis em<br />

diversas áreas, desde a <strong>da</strong> saúde à criação artificial de seres vivos que permitam combater a acumulação de<br />

gases com efeito de estufa; e numa escala mais reduzi<strong>da</strong> a exploração intensiva <strong>da</strong>s microalgas irá constituir<br />

provavelmente a mais segura base de produção de biocombustíveis sem efeitos perversos sobre a oferta<br />

alimentar.<br />

Devi<strong>do</strong> às alterações que estão a acontecer na produção agrícola de algumas regiões mundiais densamente<br />

povoa<strong>da</strong>s, será essencial os Oceanos realizem a sua “Revolução Verde” por forma a disponibilizarem<br />

alimentos necessários às populações <strong>do</strong> planeta – alguns tradicionais, outros completamente inova<strong>do</strong>res.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, e ain<strong>da</strong> devi<strong>do</strong> aos prováveis impactos <strong>da</strong>s alterações climáticas, os Oceanos deverão<br />

transformar-se numa fonte de riscos de intensi<strong>da</strong>de desconheci<strong>da</strong> no passa<strong>do</strong> em muitas regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

determinan<strong>do</strong> um enorme esforço de investimento em obras de protecção costeira, nomea<strong>da</strong>mente nas<br />

regiões desenvolvi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> planeta, onde se concentram as mais ricas e sofistica<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des<br />

desenvolvi<strong>da</strong>s pela humani<strong>da</strong>de.<br />

Os Oceanos deverão manter e mesmo aumentar, com os efeitos <strong>da</strong> globalização económica, a sua função<br />

chave de meio de transporte de merca<strong>do</strong>rias, centra<strong>do</strong> na relações entre três “placas geoeconómicas” – a<br />

Asiática, a Norte-Americana e a Europeia – sen<strong>do</strong> que, com o alargamento <strong>do</strong> Canal <strong>do</strong> Panamá, por um<br />

la<strong>do</strong>, e pela necessi<strong>da</strong>de de reduzir drasticamente os percursos de navegação em vazio por parte <strong>do</strong>s portacontentores<br />

gigantes (percursos em vazio resultantes <strong>do</strong> desequilíbrio estrutural nas trocas de produtos<br />

O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009<br />

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