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O Hypercluster da Economia do Mar.

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merca<strong>do</strong> no exterior equivalia ao aumento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de base nacional. Na medi<strong>da</strong> em que a eficiência<br />

económica, de empresas e de sectores, é influencia<strong>da</strong> pela escala <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, economias nacionais de<br />

dimensão diferente também tinham potenciali<strong>da</strong>des de crescimento diferencia<strong>da</strong>s, mesmo que o modelo de<br />

desenvolvimento fosse idêntico em to<strong>da</strong>s. O mo<strong>do</strong> de estruturação <strong>da</strong>s economias neste modelo de<br />

desenvolvimento encontrava na interrelação entre os sectores, dentro <strong>do</strong> espaço económico nacional, a<br />

condição estratégica para ganhar eficiência e para reduzir a dependência <strong>do</strong> exterior. Quanto mais completa<br />

fosse a economia e quanto mais articula<strong>da</strong>s fossem as relações entre os sectores, maior seria o produto<br />

potencial e menores seriam os custos – e essa maior eficiência também implicava que seriam mais<br />

favoráveis as condições para conquistar quotas de merca<strong>do</strong> no exterior, amplifican<strong>do</strong> assim a escala <strong>da</strong><br />

economia nacional.<br />

A dinâmica interna deste modelo de desenvolvimento era alimenta<strong>da</strong> pela necessi<strong>da</strong>de de completar o<br />

sistema económico, o que era condiciona<strong>do</strong> pelo esta<strong>do</strong> anterior <strong>da</strong> evolução (o passa<strong>do</strong> de ca<strong>da</strong> economia<br />

não era idêntico, o número de sectores representa<strong>do</strong>s variava de caso para caso), pela evolução <strong>da</strong><br />

tecnologia (que criava novos sectores ou tornava obsoletos sectores já existentes) e pela capaci<strong>da</strong>de para<br />

proteger a continui<strong>da</strong>de de sectores (mesmo quan<strong>do</strong> estes não satisfaziam os critérios gerais de eficiência e<br />

de competição quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com o que sectores idênticos obtinham noutras economias mais<br />

evoluí<strong>da</strong>s). Complementarmente, esta dinâmica interna tinha de ser regula<strong>da</strong> de mo<strong>do</strong> a manter os<br />

equilíbrios nos indica<strong>do</strong>res económicos básicos, para que os défices comerciais, os níveis de endivi<strong>da</strong>mento<br />

e as taxas de inflação não gerassem pressões cambiais, aumento <strong>da</strong>s taxas de juro e per<strong>da</strong>s de<br />

competitivi<strong>da</strong>de.<br />

Porque era necessário manter os equilíbrios económicos básicos, as taxas de crescimento potencial não<br />

podiam ser muito eleva<strong>da</strong>s, a não ser nos casos em que uma economia recuperava de um atraso<br />

prolonga<strong>do</strong> (o que lhe permitia a<strong>do</strong>ptar as melhores práticas que outras economias já tinham experimenta<strong>do</strong><br />

e selecciona<strong>do</strong>, pagan<strong>do</strong> os custos de aprendizagem dessas tentativas e erros) e nos casos em que a<br />

capaci<strong>da</strong>de de inovação continua<strong>da</strong> sustentava uma vantagem competitiva na escala mundial (o que<br />

pressupunha que na sua base tivesse uma economia nacional de grande escala e que as outras economias<br />

tivessem um crescimento económico suficiente para poderem pagar esses produtos <strong>da</strong> economia<br />

<strong>do</strong>minante).<br />

O padrão de modernização <strong>da</strong>s economias integra<strong>da</strong>s regionalmente procurava resolver as questões <strong>da</strong><br />

escala e <strong>da</strong> regulação <strong>da</strong>s economias nacionais através <strong>do</strong>s dispositivos <strong>da</strong> integração. Mantinha-se o valor<br />

<strong>da</strong> soberania nacional, mas alargava-se o espaço (sem ser por conquista) e normalizava-se a regulação<br />

(para evitar que decisões imprudentes ou pressões eleitorais em ca<strong>da</strong> espaço nacional colocassem em risco<br />

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O <strong>Hypercluster</strong> <strong>da</strong> <strong>Economia</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong><br />

Relatório Final | 17.Fevereiro.2009

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