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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

O contraste entre os discípulos do evangelho e os mantenedores da superstição<br />

romanista manifestava-se não menos nas classes eruditas do que entre o povo comum.<br />

“Opondo-se aos velhos defensores da hierarquia, que tinham negligenciado o estudo de<br />

línguas e o cultivo da literatura... havia jovens de espírito lúcido, dedicados ao estudo,<br />

que investigavam as Escrituras e se familiarizavam com as obras-primas da antigüidade.<br />

Dotados de espírito altivo, alma elevada e intrépido coração, os moços logo adquiriram<br />

tal saber que durante longo período de tempo ninguém podia com eles competir. ...<br />

Quando, pois, em qualquer assembléia, esses jovens defensores da Reforma enfrentavam<br />

os doutores do romanismo, atacavam-nos com tal facilidade e confiança que esses<br />

homens ignorantes hesitavam, ficavam embaraçados e caíam em merecido desprezo aos<br />

olhos de todos.” -D’Aubigné.<br />

Vendo o clero romano suas congregações diminuírem, invocaram o auxílio dos<br />

magistrados e, por todos os meios ao seu alcance esforçaram-se por fazer seus ouvintes<br />

voltarem. Mas o povo encontrara nos novos ensinos aquilo que lhe supria as necessidades<br />

da alma, e afastou-se daqueles que por tanto tempo o tinham alimentado com as inúteis<br />

bolotas de ritos supersticiosos e tradições humanas. Quando se acendeu a perseguição<br />

contra os ensinadores da verdade, deram <strong>ate</strong>nção às palavras de Cristo: “Quando, pois,<br />

vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra.” M<strong>ate</strong>us 10:23. A luz penetrou em toda<br />

parte. Os fugitivos encontraram algures uma porta hospitaleira que se lhes abria e, ali<br />

morando, pregavam a Cristo, algumas vezes na igreja ou, sendo-lhes negado esse<br />

privilégio, nas casas particulares ou ao ar livre. Qualquer lugar em que pudessem obter<br />

auditório, era-lhes um templo consagrado. A verdade, proclamada com tal energia e<br />

segurança, propagava-se com poder irresistível.<br />

Em vão se invocavam tanto autoridades eclesiásticas como civis a fim de aniquilar a<br />

heresia. Em vão recorriam à prisão, tortura, fogo e espada. Milhares de crentes selaram a<br />

fé com seu sangue, e não obstante a obra prosseguia. A perseguição servia apenas para<br />

propagar a verdade; e o fanatismo que Satanás se esforçou por confundir com esta, teve<br />

como resultado tornar mais claro o contraste entre a obra de Satanás e a de Deus.

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