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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

mascara sob disfarce diverso, e as multidões o recebem tão avidamente como a princípio.<br />

Quando o povo descobriu ser o romanismo um engano, e Satanás não pôde por este<br />

agente levá-lo à transgressão da lei de Deus, compeliu-o a considerar todas as religiões<br />

como fraude e a Escritura Sagrada como fábula; e, pondo de lado os estatutos divinos,<br />

entregaram-se a desenfreada iniqüidade.<br />

O erro fatal que trouxe semelhante desgraça aos habitantes da França, foi a ignorância<br />

desta única e grande verdade: que a genuína liberdade reside dentro das prescrições da lei<br />

de Deus. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos! Então seria a tua paz<br />

como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar.” “Os ímpios não têm paz, disse o<br />

Senhor.” “Mas o que Me der ouvidos habitará seguramente, e estará descansado do temor<br />

do mal.” Isaías 48:18, 22; Provérbios 1:33. Ateus, incrédulos e apóstatas opunham-se à<br />

lei de Deus e acusavam-na; mas os resultados de sua influência provam que o bem-estar<br />

do homem se prende à obediência aos estatutos divinos. Os que não leram esta lição no<br />

Livro de Deus, são convidados a lê-la na história das nações.<br />

Quando Satanás agiu mediante a igreja de Roma a fim de desviar os homens da<br />

obediência, fê-lo ocultamente e com disfarce tal, que a degradação e a miséria resultantes<br />

nem foram vistas como sendo o fruto da transgressão. E seu poder foi tão grandemente<br />

contrabalançado pela operação do Espírito de Deus, que seus propósitos não lograram<br />

alcançar completa realização. O povo não ligava o efeito à causa, nem descobria a fonte<br />

de suas misérias. Na Revolução, porém, a lei de Deus foi abertamente posta de lado pelo<br />

Conselho Nacional. E no reinado do terror que se seguiu, todos puderam ver a operação<br />

de causa e efeito.<br />

Quando a França publicamente rejeitou a Deus e pôs de parte a Escritura Sagrada, os<br />

homens ímpios e os espíritos das trevas exultaram com a consecução do objetivo havia<br />

tanto acalentado -um reino livre das restrições da lei de Deus. Porque a sentença contra<br />

uma obra má não fosse imediatamente executada, o coração dos filhos dos homens ficou<br />

“inteiramente disposto para praticar o mal.” Eclesiastes 8:11. Mas da transgressão de uma<br />

lei justa e reta deve inevitavelmente resultar a miséria e ruína. Conquanto não fosse de<br />

pronto visitada com juízos, a impiedade dos homens estava, não obstante operando<br />

seguramente a sua condenação. Séculos de apostasia e crime tinham estado a acumular a<br />

ira para o dia da retribuição; e, quando se completou sua iniqüidade, os desprezadores de<br />

Deus aprenderam demasiado tarde que coisa terrível é haver esgotado a paciência divina.<br />

O moderador Espírito de Deus, que põe limite ao poder cruel de Satanás, foi removido<br />

em grande medida, permitindose que realizasse a sua vontade aquele cujo único deleite<br />

consiste na miséria humana. Os que haviam escolhido servir à rebelião, foram deixados a<br />

colher seus frutos, até que a Terra se encheu de crimes demasiado horrendos para que a<br />

pena os descreva. Das províncias devastadas e cidades arruinadas ouviu-se um grito

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