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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos<br />

de Deus. O Senhor lhes deu Sua lei; eles poderiam haver aferido seu caráter por ela, e<br />

conhecido seus defeitos enquanto ainda havia oportunidade para arrependimento e<br />

correção; mas, a fim de conseguir o favor do mundo, puseram de parte seus preceitos e<br />

ensinaram outros a transgredir. Esforçaram-se por com- pelir o povo de Deus a profanar o<br />

Seu sábado. Agora são condenados por aquela lei que desprezaram. Com terrível clareza<br />

vêem que se acham sem desculpas. Escolheram a quem servir e adorar. “Então vereis<br />

outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não<br />

serve.” Malaquias 3:18. Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre<br />

eles, têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que o sábado do<br />

quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais vêem a verdadeira natureza de<br />

seu sábado espúrio, e o fundamento arenoso sobre o qual estiveram a construir. Acham<br />

que estiveram a comb<strong>ate</strong>r contra Deus. Ensinadores religiosos conduziram almas à<br />

perdição, ao mesmo tempo que professavam guiá-las às portas do Paraíso. Antes do dia<br />

do ajuste final de contas, não se conhecerá quão grande é a responsabilidade dos homens<br />

no mister sagrado, e quão terríveis são os resultados de sua infidelidade. Somente na<br />

eternidade poderemos com acerto avaliar a perda de uma única alma. Terrível será a<br />

condenação daquele a quem Deus disser: Retira-te, mau servo.<br />

A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e<br />

estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte<br />

trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar<br />

fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de<br />

Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se<br />

pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma<br />

grande aclamação de vitória.<br />

Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do<br />

tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância,<br />

parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem.<br />

Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e<br />

gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao<br />

fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como<br />

poderoso vencedor. Agora, não como “Homem de dores”, para sorver o amargo cálice da<br />

ignomínia e miséria, vem Ele vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os<br />

mortos. “Fiel e verdadeiro”, Ele “julga e peleja em justiça.” E “seguiram-nO os exércitos<br />

no Céu.” Apocalipse 19:11, 14. Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em<br />

vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece<br />

repleto de formas radiantes -“milhares de milhares, milhões de milhões.” Nenhuma pena<br />

humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu

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