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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

silêncio tão rigoroso que nunca mais ousou referir-se ao assunto. Isto, entretanto, apenas<br />

lhe aumentou o desejo de saber mais a respeito da religião cristã.<br />

Era-lhe cautelosamente conservado fora do alcance o conhecimento que buscava em<br />

seu lar hebreu; mas, quando contava apenas onze anos de idade, deixou a casa p<strong>ate</strong>rna e<br />

saiu para o mundo a fim de obter por si mesmo educação, escolher sua religião e ofício.<br />

Encontrou durante algum tempo um lar entre os parentes, mas não tardou a ser por eles<br />

expulso como apóstata e, sozinho e sem dinheiro, teve de se conduzir entre estranhos. Ia<br />

de lugar em lugar, estudando diligentemente e conseguindo a subsistência com o ensino<br />

do hebraico. Por influência de um professor católico foi levado a aceitar a fé romana e<br />

formulou o propósito de se fazer missionário para o seu próprio povo. Com este objetivo<br />

foi, alguns anos mais tarde, prosseguir os seus estudos no Colégio da Propaganda, em<br />

Roma. Ali, seu hábito de pensar independentemente e falar com franqueza, acarretou-lhe<br />

a acusação de heresia. Atacava abertamente os abusos da igreja e insistia na necessidade<br />

de reforma. Embora a princípio fosse tratado com favor especial pelos dignitários papais,<br />

depois de algum tempo o removeram de Roma. Foi de um lugar para outro, sob a<br />

vigilância da igreja, até que se tornou evidente que nunca poderia ser levado a submeterse<br />

ao cativeiro do romanismo. Declararam-no incorrigível; deixaram-no em liberdade<br />

para que fosse onde lhe aprouvesse. Encaminhou-se então para a Ingl<strong>ate</strong>rra e,<br />

professando a fé protestante, uniu-se à Igreja Anglicana. Depois de dois anos de estudo se<br />

entregou, em 1821, à sua missão.<br />

Ao mesmo tempo que Wolff aceitava a grande verdade do primeiro advento de Cristo<br />

como “homem de dores, e experimentado nos trabalhos”, via que as profecias<br />

apresentavam, com igual clareza, Seu segundo advento com poder e glória. E, ao passo<br />

que procurava conduzir seu povo a Jesus de Nazaré como o Prometido, e indicar-lhes a<br />

Sua primeira vinda em humilhação, como sacrifício pelos pecados dos homens, ensinavalhes<br />

também Sua segunda vinda como rei e libertador.<br />

“Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias, dizia ele, cujas mãos e pés foram<br />

traspassados; que como um cordeiro foi levado ao matadouro; que foi o homem de dores<br />

e experimentado em trabalhos; que veio pela primeira vez, depois de ser o cetro tirado de<br />

Judá, e o poder legislativo de entre seus pés, virá pela segunda vez, nas nuvens do céu, e<br />

com a trombeta do Arcanjo” (Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff) “e estará em<br />

pé sobre o Monte das Oliveiras; e aquele domínio sobre a criação, que uma vez fora<br />

entregue a nosso primeiro pai, e por ele perdido (Gênesis 1:26; 3:17), será dado a Jesus.<br />

Ele será rei sobre a Terra toda. Cessarão os gemidos e lamentações da criação, e cânticos<br />

de louvor e ações de graças serão ouvidos. ... Quando Jesus vier na glória de Seu Pai,<br />

com os santos anjos, ... os crentes que estiverem mortos ressuscitarão primeiro. 1<br />

Tessalonicenses 4:16; 1 Coríntios 15:23. Isto é o que nós, cristãos, chamamos primeira<br />

ressurreição. Então, o reino animal mudará a sua natureza (Isaías 11:6-9), e se submeterá

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