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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

passagens que indicam o tempo em que os homens hão de procurar, b<strong>ate</strong>r e clamar à<br />

porta da graça, mas esta não se abrirá. E surgiu entre eles a questão de saber se a data em<br />

que haviam aguardado a vinda de Cristo não marcaria porventura o começo deste período<br />

que deveria preceder imediatamente a Sua vinda. Tendo dado a advertência da<br />

proximidade do juízo, sentiam que sua obra em favor do mundo se achava feita, e não<br />

mais sentiam o dever de trabalhar pela salvação dos pecadores, enquanto o escárnio<br />

ousado e blasfemo dos ímpios lhes parecia outra evidência de que o Espírito de Deus Se<br />

retirara dos que rejeitavam a misericórdia divina. Tudo isto os confirmava na crença de<br />

que o tempo da graça findara, ou como eles então o exprimiam, “a porta da graça se<br />

fechara”.<br />

Uma luz mais clara, porém, surgiu pela investigação do assunto do santuário. Viam<br />

agora que estavam certos em crer que o fim dos 2.300 dias em 1844 assinalava uma crise<br />

importante. Mas, conquanto fosse verdade que se achasse fechada a porta da esperança e<br />

graça pela qual os homens durante mil e oitocentos anos encontraram acesso a Deus,<br />

outra porta se abrira, e oferecia-se o perdão dos pecados aos homens, mediante a<br />

intercessão de Cristo no lugar santíssimo. Encerrara-se uma parte de Seu ministério<br />

apenas para dar lugar a outra. Havia ainda uma “porta aberta” para o santuário celestial,<br />

onde Cristo estava a ministrar pelo pecador. Via-se agora a aplicação das palavras de<br />

Cristo no Apocalipse, dirigidas à igreja, nesse mesmo tempo: “Isto diz O que é santo, O<br />

que é verdadeiro, O que tem a chave de Davi; O que abre e ninguém fecha; e fecha, e<br />

ninguém abre. Eu sei as tuas obras; e eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém<br />

a pode fechar.” Apocalipse 3:7, 8.<br />

Os que, pela fé, seguem a Jesus na grande obra da expiação, recebem os benefícios de<br />

Sua mediação em seu favor; enquanto os que rejeitam a luz apresentada neste ministério<br />

não são por ela beneficiados. Os judeus que rejeitaram a luz dada por ocasião do primeiro<br />

advento de Cristo e se recusaram a crer nEle como Salvador do mundo, não poderiam<br />

receber o perdão por meio dEle. Quando Jesus, depois da ascensão, pelo Seu próprio<br />

sangue entrou no santuário celestial, a fim de derramar sobre os discípulos as bênçãos de<br />

Sua mediação, os judeus foram deixados em completas trevas, continuando com os<br />

sacrifícios e ofertas inúteis. O ministério dos tipos e sombras cessara. A porta pela qual<br />

anteriormente os homens encontravam acesso a Deus, não mais se achava aberta.<br />

Recusaram-se os judeus a buscá-Lo pelo único meio por que poderia então ser<br />

encontrado -pelo ministério no santuário celestial. Não alcançaram, por conseguinte,<br />

comunhão com Deus. Para Eles a porta estava fechada. Não conheciam a Cristo como o<br />

verdadeiro sacrifício e o único mediador perante Deus; daí o não poderem receber os<br />

benefícios de Sua mediação.<br />

O estado dos judeus incrédulos ilustra a condição dos indiferentes e incrédulos entre<br />

os professos cristãos, que voluntariamente ignoram a obra de nosso misericordioso Sumo

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