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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

alegres acordes, exclamando: “Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele<br />

nos salvará.” Isaías 25:9.<br />

Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz<br />

do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e,<br />

levantando as mãos para o céu, brada: “Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no<br />

pó, e surgi!” Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e<br />

os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército<br />

extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm<br />

eles, revestidos de glória imortal, clamando: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde<br />

está,ó inferno,a tua vitória?” 1 Coríntios 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados<br />

unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.<br />

Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão,<br />

que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas<br />

majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste<br />

com o povo das gerações posteriores; sob este único ponto de vista se revela a grande<br />

degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a louçania e vigor de eterna mocidade.<br />

No princípio o homem foi criado à semelhança de Deus, não somente no caráter, mas na<br />

forma e aspecto. O pecado desfigurou e quase obliterou a imagem divina; mas Cristo veio<br />

para restaurar aquilo que se havia perdido. Ele mudará nosso corpo vil, modelando-o<br />

conforme Seu corpo glorioso. As formas mortais, corruptíveis, destituídas de garbo,<br />

poluídas pelo pecado, tornam-se perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e<br />

deformidades são deixados no túmulo. Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto<br />

tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória<br />

primitiva. Os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo<br />

aparecerão “na beleza do Senhor nosso Deus”, refletindo no espírito, alma e corpo, a<br />

imagem perfeita de seu Senhor. Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das<br />

cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca<br />

entendida completamente!<br />

Os justos vivos são transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos.” À<br />

voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos<br />

ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos “ajuntarão os<br />

Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”<br />

Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito<br />

separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de<br />

alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. De cada lado do carro de nuvens<br />

existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as<br />

rodas clamam: “Santo”, e as asas, movendo-se, clamam: “Santo”, e o cortejo de anjos<br />

clama: “Santo, santo, santo, Senhor Deus todo-poderoso.” E os remidos bradam:

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