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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono de Sua glória; e<br />

todas as nações serão reunidas diante dEle.” M<strong>ate</strong>us 25:31, 32. Este reino está ainda no<br />

futuro. Não será estabelecido antes do segundo advento de Cristo.<br />

O reino da graça foi instituído imediatamente depois da queda do homem, quando<br />

fora concebido um plano para a redenção da raça culpada. Existiu ele então no propósito<br />

de Deus e pela Sua promessa; e mediante a fé os homens podiam tornar-se súditos seus.<br />

Contudo, não foi efetivamente estabelecido antes da morte de Cristo. Mesmo depois de<br />

entrar para o Seu ministério terrestre, o Salvador, cansado pela obstinação e ingratidão<br />

dos homens, poderia ter- Se recusado ao sacrifício do Calvário. No Getsêmani, a taça de<br />

amarguras tremia-Lhe na mão. Ele poderia naquele momento ter enxugado o suor de<br />

sangue da fronte, abandonando a raça criminosa para que perecesse em sua iniqüidade.<br />

Houvesse Ele feito isto, e não teria havido redenção para o homem caído. Quando,<br />

porém, o Salvador rendeu a vida, e em Seu último alento clamou: “Está consumado”,<br />

assegurou-se naquele instante o cumprimento do plano da redenção. Ratificou-se a<br />

promessa de libertamento, feita no Éden, ao casal pecador. O reino da graça, que antes<br />

existira pela promessa de Deus, foi então estabelecido.<br />

Destarte, a morte de Cristo -o próprio acontecimento que os discípulos encararam<br />

como a destruição final de suas esperanças -foi o que as confirmou para sempre.<br />

Conquanto lhes houvesse acarretado cruel decepção, foi a prova máxima de que sua<br />

crença era correta. O acontecimento que os enchera de pranto e desespero, foi o que<br />

abrira a porta da esperança a todo filho de Adão, e no qual se centralizava a vida futura e<br />

a felicidade eterna de todos os fiéis de Deus, de todos os séculos. Estavam a cumprir-se<br />

os desígnios da misericórdia infinita, mesmo por meio do desapontamento dos discípulos.<br />

Se bem que o coração deles tivesse sido ganho pela graça divina e pelo poder do ensino<br />

dAquele que falou como homem algum jamais falara, todavia, de mistura com o ouro<br />

puro do amor para com Jesus, achava-se a liga vil do orgulho humano e das ambições<br />

egoístas. Mesmo na sala da páscoa, na hora solene em que o Mestre já estava a entrar na<br />

sombra do Getsêmani, houve “entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.”<br />

Lucas 22:24.<br />

Nada mais viam senão o trono, a coroa e a glória, enquanto precisamente diante deles<br />

se achavam a ignomínia e agonia do jardim, do tribunal, da cruz do Calvário. O orgulho<br />

no coração e a sede de glória mundana é que os levou a apegar-se tão tenazmente ao falso<br />

ensino de seu tempo, e deixar despercebidas as palavras do Salvador que mostravam a<br />

verdadeira natureza de Seu reino e apontavam para a Sua agonia e morte. E destes erros<br />

resultou a prova -dura mas necessária que fora permitida para corrigi-los. Embora os<br />

discípulos houvessem compreendido mal o sentido de Sua mensagem, e vissem frustradas<br />

suas esperanças, tinham contudo pregado a advertência a eles dada por Deus, e o Senhor<br />

lhes recompensaria a fé e honraria a obediência. A eles fora confiada a obra de anunciar a

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