21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Ao serem apresentadas as exigências do sábado, muitos raciocinavam do ponto de<br />

vista mundano. Diziam: “Sempre guardamos o domingo, nossos pais o observaram, e<br />

muitos homens bons e piedosos morreram felizes enquanto o guardavam. Se tinham<br />

razão, também nós a temos. A guarda do sábado do sétimo dia nos poria em desacordo<br />

com o mundo, e não teríamos influência alguma sobre ele. Que pode um pequeno grupo,<br />

a guardar o sétimo dia, esperar fazer contra todo o mundo que guarda o domingo?” Foi<br />

com argumentos semelhantes que os judeus se esforçaram para justificar sua rejeição de<br />

Cristo. Seus pais tinham sido aceitos por Deus, ao apresentarem ofertas de sacrifícios; e<br />

por que não poderiam os filhos encontrar salvação continuando com o mesmo modo de<br />

agir? Semelhantemente, no tempo de Lutero, raciocinavam os romanistas que cristãos<br />

verdadeiros tinham morrido na fé católica; e portanto, essa religião era suficiente para a<br />

salvação. Tal raciocínio se mostrava uma barreira eficaz contra todo o progresso na fé ou<br />

prática religiosa.<br />

Muitos insistiam em que a guarda do domingo tinha sido, por muitos séculos, uma<br />

doutrina estabelecida e generalizado costume da igreja. Contra este argumento se mostrou<br />

que o sábado e sua observância eram mais antigos e generalizados, sendo mesmo tão<br />

velhos como o próprio mundo, e trazendo a sanção tanto dos anjos como de Deus.<br />

Quando foram postos os fundamentos da Terra, quando as estrelas da alva juntamente<br />

cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam, foi então lançado o fundamento do<br />

sábado. Jó 38:6, 7; Gênesis 2:1-3. Bem pode esta instituição reclamar a nossa reverência;<br />

não foi ordenada por nenhuma autoridade humana, e não repousa sobre tradições<br />

humanas; foi estabelecida pelo Ancião de Dias e ordenada por Sua eterna Palavra.<br />

Ao ser a <strong>ate</strong>nção do povo chamada para o assunto da reforma do sábado, ministros<br />

populares perverteram a Palavra de Deus, interpretando-a de modo a melhor tranqüilizar<br />

os espíritos inquiridores. E os que não investigavam por si mesmos as Escrituras,<br />

contentavam-se com aceitar conclusões que se achavam de acordo com os seus desejos.<br />

Por meio de argumentos, sofismas, tradições dos pais da igreja e autoridades<br />

eclesiásticas, muitos se esforçaram para subverter a verdade. Os defensores desta foram<br />

compelidos à Sagrada Escritura para defender a validade do quarto mandamento. Homens<br />

humildes, armados unicamente com a Palavra da verdade, resistiram aos ataques de<br />

homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus eloqüentes<br />

sofismas contra o raciocínio simples, direto, daqueles que eram versados nas Escrituras<br />

ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas.<br />

Na ausência de testemunho das Escrituras Sagradas a seu favor, muitos, esquecendose<br />

de que o mesmo raciocínio fora empregado contra Cristo e Seus apóstolos, insistiam<br />

com incansável persistência: “Por que não compreendem os nossos grandes homens esta<br />

questão do sábado? Poucos, apenas, crêem como vós. Não pode ser que estejais certos, e<br />

que todos os homens de saber no mundo se achem em erro.” Para refutar esses

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!