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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

H., dezembro de 1785. Posto que às nove horas daquela noite a Lua surgisse cheia, “não<br />

produziu o mínimo efeito em relação àquelas sombras sepulcrais.” Depois de meia-noite<br />

as trevas se desvaneceram, e a Lua, ao tornar-se visível, tinha a aparência de sangue.<br />

O dia 19 de maio de 1780 figura na História como “o Dia Escuro.” <strong>Desde</strong> o tempo de<br />

Moisés, nenhum período de trevas de igual densidade, extensão e duração, já se registrou.<br />

A descrição deste acontecimento, como a dá uma testemunha ocular, não é senão um eco<br />

das palavras do Senhor, registradas pelo profeta Joel, dois mil e quinhentos anos antes de<br />

seu cumprimento: “O Sol se converterá em trevas, e a Lua em sangue, antes que venha o<br />

grande e terrível dia do Senhor.” Joel 2:31.<br />

Cristo ordenara a Seu povo que <strong>ate</strong>ndesse aos sinais de seu advento e se regozijasse<br />

ao contemplar os indícios de seu vindouro Rei. “Quando estas coisas começarem a<br />

acontecer”, disse Ele, “olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa<br />

redenção está próxima.” Ele indicou a Seus seguidores as árvores a brotarem na<br />

primavera, e disse: “Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que<br />

perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que<br />

o reino de Deus está perto.” Lucas 21:28, 30, 31.<br />

Mas como o espírito de humildade e devoção na igreja cedera lugar ao orgulho e<br />

formalismo, esfriaram o amor a Cristo e a fé em Sua vinda. Absorto nas coisas mundanas<br />

e na busca de prazeres, o povo professo de Deus estava cego às instruções do Salvador<br />

relativas aos sinais de Seu aparecimento. A doutrina do segundo advento tinha sido<br />

negligenciada; os textos que a ela se referem foram obscurecidos por interpretações<br />

errôneas, a ponto de ficarem em grande parte esquecidos e ignorados. Especialmente foi<br />

este o caso nas igrejas da América do Norte. A liberdade e conforto desfrutados por todas<br />

as classes da sociedade; o ambicioso desejo de haveres e luxo, de onde vem o absorvente<br />

empenho de adquirir dinheiro; a ansiosa procura de popularidade e poderio, que pareciam<br />

estar ao alcance de todos, levavam os homens a centralizar seus interesses e esperanças<br />

nas coisas desta vida, afastando ao futuro longínquo o dia solene em que passaria a<br />

presente ordem de coisas.<br />

Quando o Salvador indicou a Seus seguidores os sinais de Sua volta, predisse o estado<br />

de apostasia que havia de existir precisamente antes de Seu segundo advento. Haveria,<br />

como nos dias de Noé, a atividade e a agitação das ocupações mundanas e da procura de<br />

prazeres -comprar, vender, plantar, edificar, casar, dar-se em casamento -com olvido de<br />

Deus e da vida futura. Para os que viverem nesse tempo, a advertência de Cristo é: “Olhai<br />

por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez,<br />

e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” “Vigiai, pois, em<br />

todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que<br />

hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem.” Lucas 21:34, 36.

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