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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

homens tão maravilhosamente libertos ficaram para declarar a misericórdia de seu<br />

Benfeitor.<br />

Outros exemplos de natureza semelhante se acham registrados nas Escrituras. A filha<br />

da mulher siro-fenícia era atrozmente atormentada por um demônio, ao qual Jesus<br />

expulsou por Sua palavra. Marcos 7:26-30. Um “endemoninhado cego e mudo” (M<strong>ate</strong>us<br />

12:22); um moço que tinha um espírito mudo que muitas vezes o lançava “no fogo, e na<br />

água, para o destruir” (Marcos 9:17-27); o lunático que, atormentado pelo “espírito de um<br />

demônio imundo” (Lucas 4:33-36), perturbava a calma do sábado na sinagoga de<br />

Cafarnaum todos estes foram curados pelo compassivo Salvador. Em quase todos os<br />

casos Cristo Se dirigiu ao demônio como a uma entidade inteligente, ordenando-lhe sair<br />

de sua vítima e não mais atormentá-la. Contemplando os adoradores em Cafarnaum o Seu<br />

grande poder, “veio espanto sobre todos, e falavam entre si uns e outros, dizendo: Que<br />

palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles<br />

saem?” Lucas 4:36.<br />

Aqueles possessos são em geral representados como estando em condição de grande<br />

sofrimento; contudo, havia exceções a esta regra. Para o fim de obter poder sobrenatural,<br />

alguns recebiam alegremente a influência satânica. Estes, é claro, não tinham conflito<br />

algum com os demônios. Desta classe eram os que possuíam o espírito de adivinhação -<br />

Simão o Mago, o feiticeiro Elimas, e a donzela que acompanhou a Paulo e Silas em<br />

Filipos. Ninguém se acha em maior perigo da influência dos espíritos maus do que<br />

aqueles que, apesar dos testemunhos diretos e amplos das Escrituras, negam a existência<br />

e operação do diabo e seus anjos. Enquanto estivermos em ignorância no que respeita a<br />

seus ardis, têm eles vantagem quase inconcebível; muitos dão <strong>ate</strong>nção às suas sugestões,<br />

supondo, entretanto, estar seguindo os ditames de sua própria sabedoria. É por isto que,<br />

aproximando-nos do final do tempo, quando Satanás deverá trabalhar com o máximo<br />

poder para enganar e destruir, espalha ele por toda parte a crença de que não existe. É sua<br />

política ocultar-se a si mesmo e agir às escondidas.<br />

Nada há que o grande enganador mais receie que o familiarizarmo-nos com seus<br />

ardis. Para melhor encobrir seu caráter e propósitos reais, faz-se representar de tal<br />

maneira a não excitar maior emoção do que ridículo e desdém. Ele se compraz muito em<br />

ser descrito como um objeto burlesco, repugnante, agoureiro, meio animal e meio<br />

homem. Agrada-se de ouvir seu nome empregado na brincadeira e na zombaria pelos que<br />

se julgam inteligentes e instruídos. É porque se mascarou com consumada habilidade, que<br />

tão amplamente se faz a pergunta: “Existe realmente tal ser?” Evidencia-se o seu êxito na<br />

geral aceitação que obtêm no mundo religioso teorias que negam os testemunhos mais<br />

positivos das Escrituras. E é porque Satanás pode muito facilmente dirigir o espírito dos<br />

que se acham inconscientes de sua influência, que a Palavra de Deus nos dá tantos

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