21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

vida a um sacerdote -mortal falível, pecador, e mui freqüentemente corrompido pelo<br />

vinho e licenciosidade -sua norma de caráter é rebaixada, e, como conseqüência, fica<br />

contaminado. Seu conceito acerca de Deus é degradado à semelhança da humanidade<br />

decaída; pois o padre se acha como representante de Deus. Esta degradante confissão de<br />

homem para homem é a fonte secreta donde têm fluído muitos dos males que aviltam o<br />

mundo e o preparam para a destruição final. Todavia, para o que ama a satisfação própria,<br />

é mais agradável confessar a um semelhante mortal do que abrir a alma a Deus. Fica mais<br />

a gosto da natureza humana fazer penitência do que renunciar ao pecado; é mais fácil<br />

mortificar a carne com cilício, urtigas e aflitivas cadeias, do que crucificar os desejos<br />

carnais. Pesado é o fardo que o coração carnal deseja levar de preferência a curvar-se ao<br />

jugo de Cristo.<br />

Existia notável semelhança entre a Igreja de Roma e a igreja judaica, ao tempo do<br />

primeiro advento de Cristo. Ao passo que os judeus secretamente espezinhavam todos os<br />

princípios da lei de Deus, eram exteriormente rigorosos na observância de seus preceitos,<br />

sobrecarregando-a com exorbitâncias e tradições que tornavam difícil e penosa a<br />

obediência. Assim como os judeus professavam reverenciar a lei, pretendem os<br />

romanistas reverenciar a cruz. Exaltam o símbolo dos sofrimentos de Cristo, enquanto no<br />

viver negam Aquele a quem ela representa.<br />

Os romanistas colocam cruzes sobre as igrejas, sobre os altares e sobre as vestes. Por<br />

toda parte se vê a insígnia da cruz. Por toda parte é ela exteriormente honrada e exaltada.<br />

Mas os ensinos de Cristo estão sepultados sob um montão de tradições destituídas de<br />

sentido, falsas interpretações e rigorosas exigências. As palavras do Salvador relativas<br />

aos fanáticos judeus, aplicam-se com maior força ainda aos chefes da Igreja Católica<br />

Romana: “Atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens;<br />

eles, porém, nem com o dedo os querem mover.” M<strong>ate</strong>us 23:4. Almas conscienciosas são<br />

conservadas em constante terror, temendo a ira de um Deus que foi ofendido, enquanto<br />

muitos dos dignitários da igreja estão a viver no luxo e em prazeres sensuais.<br />

O culto das imagens e relíquias, a invocação dos santos e a exaltação do papa são<br />

ardis de Satanás para desviar de Deus e de Seu Filho a mente do povo. Para efetuar sua<br />

ruína, esforça-se por afastar sua <strong>ate</strong>nção dAquele por meio de quem unicamente podem<br />

encontrar salvação. Dirigirá as almas para qualquer objeto pelo qual possa ser substituído<br />

Aquele que disse: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos<br />

aliviarei.” M<strong>ate</strong>us 11:28. É o constante esforço de Satanás representar falsamente o<br />

caráter de Deus, a natureza do pecado e os resultados finais em jogo no grande conflito.<br />

Seus sofismas diminuem a obrigação da lei divina dando ao homem licença para pecar.<br />

Ao mesmo tempo fá-lo Satanás acariciar falsas concepções acerca de Deus, de maneira<br />

que O considera com temor e ódio, em vez de amor. A crueldade inerente ao seu próprio<br />

caráter é atribuída ao Criador; aparece incorporada aos vários sistemas de religião e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!