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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Destruir a fé na Bíblia serve tão bem a seu propósito como o destruir a própria Bíblia.<br />

Introduzindo a crença de que a lei de Deus não mais vigora, leva os homens à<br />

transgressão, de um modo tão eficaz como se fossem completamente ignorantes acerca de<br />

seus preceitos. E hoje, como nos séculos passados, está a operar mediante a igreja a fim<br />

de favorecer os seus desígnios. As organizações religiosas da época têm recusado ouvir<br />

as verdades impopulares claramente apresentadas nas Escrituras, e, comb<strong>ate</strong>ndoas,<br />

adotaram interpretações e assumiram atitudes que têm espalhado largamente as sementes<br />

do ceticismo. Apegando-se ao erro papal da imortalidade natural e consciência do homem<br />

na morte, rejeitaram a única defesa contra os enganos do espiritismo.<br />

A doutrina do tormento eterno tem levado muitos a descrer da Escritura Sagrada. E,<br />

ao insistir-se com o povo acerca das reivindicações do quarto mandamento, verifica-se<br />

que a observância do sábado do sétimo dia é ordenada; e, como único meio de livrar-se<br />

de um dever que não estão dispostos a cumprir, declaram muitos ensinadores populares<br />

que a lei de Deus não mais está em vigor. Repelem, assim, a lei e o sábado juntamente. À<br />

medida que se estende a obra da reforma do sábado, esta rejeição da lei divina para evitar<br />

as reivindicações do quarto mandamento se tornará quase universal. Os ensinos dos<br />

dirigentes religiosos abriram a porta à incredulidade, ao espiritismo e ao desdém para<br />

com a santa lei de Deus; e sobre esses dirigentes repousa a terrível responsabilidade pela<br />

iniqüidade que existe no mundo cristão.<br />

Todavia esta mesma classe apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente<br />

se alastra é atribuível em grande parte à profanação do descanso dominical, e que a<br />

imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade.<br />

Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro<br />

sábado tem sido mais amplamente pregada. Ali, a obra da temperança, uma das mais<br />

preeminentes e importantes das reformas morais, acha-se freqüentemente combinada com<br />

o movimento em favor do descanso dominical, e os defensores do último agem como se<br />

estivessem a trabalhar a fim de promover os mais elevados interesses da sociedade; e os<br />

que se recusam a unir-se a eles são denunciados como inimigos da temperança e reforma.<br />

Mas o fato de que um movimento para estabelecer o erro se encontra ligado a uma obra<br />

que em si mesma é boa, não é argumento a favor do erro. Podemos disfarçar o veneno<br />

misturando-o com o alimento saudável, mas não mudamos a sua natureza. Ao contrário,<br />

torna-se mais perigoso o veneno, visto ser mais fácil que ele seja tomado<br />

inadvertidamente. É um dos ardis de Satanás combinar com a falsidade precisamente uma<br />

porção suficiente de verdade para que lhe dê caráter plausível.<br />

Os dirigentes do movimento em favor do domingo podem advogar reformas que o<br />

povo necessita, princípios que se acham em harmonia com a Escritura Sagrada; contudo,<br />

enquanto houver com eles uma exigência contrária à lei de Deus, Seus servos não se lhes<br />

poderão unir. Nada os pode justificar de pôr à parte os mandamentos de Deus, optando

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