21.04.2023 Views

Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

não quisestes a Minha repreensão.” Provérbios 1:24, 25. Aquela voz desperta memórias<br />

que eles desejariam ardentemente se desvanecessem -advertências desprezadas, convites<br />

recusados, privilégios tidos em pouca conta.<br />

Ali estão os que zombaram de Cristo à Sua humilhação. Com uma força penetrante<br />

lhes ocorrem as palavras do Sofredor, quando, conjurado pelo sumo sacerdote, declarou<br />

solenemente: “Vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do poder, e vindo<br />

sobre as nuvens do céu.” M<strong>ate</strong>us 26:64. Agora O contemplam em Sua glória, e ainda O<br />

devem ver assentado à direita do poder. Os que escarneceram de Sua declaração de ser<br />

Ele o Filho de Deus, estão agora mudos. Ali está o altivo Herodes, que zombou de Seu<br />

título real, mandando os soldados zombadores coroá-Lo rei. Estão ali os mesmos homens<br />

que com mãos ímpias Lhe colocaram sobre o corpo o manto de púrpura, e sobre a fronte<br />

sagrada a coroa de espinhos, e na mão, que não opunha resistência, um simulacro de<br />

cetro, e diante dEle se curvavam em zombaria blasfema. Os homens que b<strong>ate</strong>ram e<br />

cuspiram no Príncipe da vida, agora se desviam de Seu penetrante olhar, procurando fugir<br />

da subjugante glória de Sua presença. Aqueles que introduziram os cravos através de<br />

Suas mãos e pés, o soldado que Lhe feriu o lado, contemplam esses sinais com terror e<br />

remorso.<br />

Com terrível precisão sacerdotes e príncipes recordam-se dos acontecimentos do<br />

Calvário. Estremecendo de horror,lembram-se de como, movendo a cabeça em satânica<br />

alegria, exclamaram: “Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de<br />

Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama.”<br />

M<strong>ate</strong>us 27:42, 43. Vividamente relembram a parábola dos lavradores que se recusaram a<br />

entregar a seu senhor o fruto da vinha, maltrataram seus servos, e lhe mataram o filho.<br />

Lembram-se também da sentença que eles próprios pronunciaram: O senhor da vinha<br />

“dará afrontosa morte aos maus.” No pecado e castigo daqueles homens infiéis, vêem os<br />

sacerdotes e anciãos seu próprio procedimento e sua própria justa condenação. E, agora,<br />

ergue-se um clamor de agonia mortal. Mais alto do que o grito -“Crucifica-O, crucifica-<br />

O”, que repercutiu pelas ruas de Jerusalém, reboa o pranto terrível, desesperado: “Ele é o<br />

Filho de Deus! Ele é o verdadeiro Messias!” Procuram fugir da presença do Rei dos reis.<br />

Nas profundas cavernas da Terra, fendida pela luta dos elementos, tentam em vão<br />

esconder-se.<br />

Na vida de todos os que rejeitam a verdade, há momentos em que a consciência<br />

desperta, em que a memória apresenta a recordação torturante de uma vida de hipocrisia,<br />

e a alma é acossada de vãos pesares. Mas que é isto ao ser comparado com o remorso<br />

daquele dia em que o temor vem como assolação, em que a perdição vem como tormenta!<br />

Provérbios 1:27. Os que desejariam destruir a Cristo e Seu povo fiel, testemunham agora<br />

a glória que sobre eles repousa. No meio de seu terror, ouvem a voz dos santos em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!