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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

Lutero, contentava-se em crer como creram seus pais, e viver como eles viveram.<br />

Portanto, a religião degenerou novamente em formalismo; e erros e superstições que,<br />

houvesse a igreja continuado a andar à luz da Palavra de Deus, teriam sido repudiados,<br />

foram acalentados e retidos. Destarte, o espírito que fora inspirado pela Reforma, foi<br />

gradualmente arrefecendo até haver quase tão grande necessidade de reforma nas igrejas<br />

protestantes como na igreja romana ao tempo de Lutero. Havia o mesmo mundanismo e<br />

apatia espiritual, idêntica reverência às opiniões de homens, e substituição dos ensinos da<br />

Palavra de Deus pelas teorias humanas.<br />

A ampla circulação da Escritura Sagrada nos princípios do século XIX, e a grande luz<br />

assim derramada sobre o mundo, não foram seguidas de um correspondente progresso no<br />

conhecimento da verdade revelada e na piedade prática. Satanás não pôde, como nos<br />

séculos anteriores, privar o povo da Palavra de Deus; esta foi posta ao alcance de todos;<br />

com o intuito porém, de ainda cumprir seu objetivo, levou muitos a tê-la em pouca conta.<br />

Os homens negligenciavam pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas<br />

interpretações e acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.<br />

Vendo o malogro de seus esforços em aniquilar a verdade pela perseguição, Satanás<br />

de novo recorreu ao plano de condescendência, que deu como resultado a grande<br />

apostasia e a formação da Igreja de Roma. Induziu os cristãos a se aliarem, não com os<br />

pagãos, mas com os que, por seu apego às coisas deste mundo, tinham demonstrado ser<br />

tão verdadeiramente idólatras como o eram os adoradores de imagens de escultura. E os<br />

resultados desta união não foram menos perniciosos então do que nos séculos anteriores;<br />

o orgulho e a extravagância eram incentivados sob o disfarce de religião, e as igrejas se<br />

tornaram corruptas. Satanás continuou a perverter as doutrinas da Escritura Sagrada, e<br />

tradições que deveriam fazer a ruína de milhões estavam a deitar profundas raízes. A<br />

igreja mantinha e defendia essas tradições, em vez de contender pela “fé que uma vez foi<br />

dada aos santos.” Assim se degradaram os princípios por que os reformadores tanto<br />

haviam realizado e sofrido.

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