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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

sensibilidade, mais aguda a percepção do pecado e mais profunda a simpatia para com os<br />

aflitos. O papa pretende ser o vigário de Cristo; mas como se poderá comparar o seu<br />

caráter com o de nosso Salvador? Viu-se alguma vez Cristo condenar homens à prisão ou<br />

ao instrumento de tortura, porque não Lhe renderam homenagem como Rei do Céu?<br />

Acaso foi Sua voz ouvida a sentenciar à morte os que O não aceitaram? Quando foi<br />

menosprezado pelo povo da aldeia samaritana, o apóstolo João se encheu de ira e<br />

perguntou: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como<br />

Elias também o fez?” Jesus olhou, compassivo, para o discípulo e censurou-lhe a<br />

severidade, dizendo: “O Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens,<br />

mas para salvá-las.” Lucas 9:54, 56. Quão diferente do espírito manifestado por Cristo é<br />

o de Seu professo vigário!<br />

A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de<br />

justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspecto<br />

cristão; não mudou, porém. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas<br />

passadas, existem ainda hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são<br />

mantidas. Ninguém se deve iludir. O papado que os protestantes hoje se acham tão<br />

prontos para honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando<br />

homens de Deus se levantavam, com perigo de vida, a fim de denunciar sua iniqüidade.<br />

Possui o mesmo orgulho e arrogante presunção que dele fizeram senhor sobre reis e<br />

príncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus. Seu espírito não é menos cruel e<br />

despótico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do<br />

Altíssimo.<br />

O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos<br />

últimos tempos. 2 Tessalonicenses 2:3, 4. Faz parte de sua política assumir o caráter que<br />

melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o<br />

invariável veneno da serpente. “Não se deve manter a palavra empenhada aos hereges,<br />

nem com pessoas suspeitas de heresias”, declara Roma. -História do Concílio de<br />

Constança, de Lenfant. Deverá esta potência, cujo registro milenar se acha escrito com o<br />

sangue dos santos, ser hoje reconhecida como parte da igreja de Cristo? Não é sem<br />

motivo que se tem feito nos países protestantes a alegação de que o catolicismo difere<br />

hoje menos do protestantismo do que nos tempos passados. Houve uma mudança; mas<br />

esta não se verificou no papado. O catolicismo na verdade em muito se assemelha ao<br />

protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia daquele<br />

dos dias da Reforma.<br />

Tendo estado as igrejas protestantes à procura do favor do mundo, a falsa caridade<br />

lhes cegou os olhos. Não vêem senão que é direito julgar bem de todo o mal; e, como<br />

resultado inevitável, julgarão finalmente mal de todo o bem. Em vez de permanecerem<br />

em defesa da fé que uma vez foi entregue aos santos, estão hoje, por assim dizer,

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