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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

durante quinze longos séculos, o cordeiro pascal havia sido morto, Cristo, tendo comido a<br />

Páscoa com os discípulos, instituiu a solenidade que deveria comemorar Sua própria<br />

morte como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Naquela mesma noite Ele<br />

foi tomado por mãos ímpias, para ser crucificado e morto. E, como o antítipo dos molhos<br />

que eram agitados, nosso Senhor ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia, como -“as<br />

primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20), exemplo de todos os ressuscitados<br />

justos, cujo “corpo abatido” será transformado, “para ser conforme o Seu corpo<br />

glorioso.” Filipenses 3:21.<br />

De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento devem cumprir-se ao<br />

tempo designado no culto simbólico. No ce- rimonial mosaico, a purificação do<br />

santuário, ou o grande dia da expiação, ocorria no décimo dia do sétimo mês judaico<br />

(Levítico 16:29-34), dia em que o sumo sacerdote, tendo feito expiação por todo o Israel,<br />

e assim removido seus pecados do santuário, saía e abençoava o povo. Destarte,<br />

acreditava-se que Cristo, nosso Sumo Sacerdote,apareceria para purificar a Terra pela<br />

destruição do pecado e pecadores, e glorificar com a imortalidade a Seu povo expectante.<br />

O décimo dia do sétimo mês, o grande dia da expiação, tempo da purificação do<br />

santuário, que no ano 1844 caía no dia vinte e dois de outubro, foi considerado como o<br />

tempo da vinda do Senhor. Isto estava de acordo com as provas já apresentadas, de que os<br />

2.300 dias terminariam no outono, e a conclusão parecia irresistível.<br />

Na parábola de M<strong>ate</strong>us 25, o tempo de espera e sono é seguido pela vinda do Esposo.<br />

Isto concordava com os argumentos que acabam de ser apresentados, tanto da profecia<br />

como dos símbolos. Produziram profunda convicção quanto à sua veracidade; e o<br />

“clamor da meia-noite” foi proclamado por milhares de crentes. Semelhante à vaga da<br />

maré, o movimento alastrou-se pelo país. Foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, e<br />

para os lugares distantes, no interior, até que o expectante povo de Deus ficou<br />

completamente desperto. Desapareceu o fanatismo ante essa proclamação, como a geada<br />

matutina perante o Sol a erguer-se. Viram os crentes suas dúvidas e perplexidades<br />

removidas, e a esperança e coragem animaram-lhes o coração. A obra estava livre dos<br />

exageros que sempre se manifestam quando há arrebatamento humano sem a influência<br />

moderadora da Palavra e do Espírito de Deus. Assemelhava-se, no caráter, aos períodos<br />

de humilhação e regresso ao Senhor que, entre o antigo Israel, se seguiam a mensagens<br />

de advertência por parte de Seus servos. Teve as características que distinguem a obra de<br />

Deus em todas as épocas. Houve pouca alegria arrebatadora, porém mais profundo exame<br />

de coração, confissão de pecados e abandono do mundo. O preparo para encontrar o<br />

Senhor era a grave preocupação do espírito em agonia. Havia perseverante oração e<br />

consagração a Deus, sem reservas.<br />

Dizia Miller, ao descrever aquela obra: “Nenhuma grande expressão de alegria existe:<br />

esta se acha, por assim dizer, reservada para uma ocasião futura, em que todo o Céu e a

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