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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

cuidado não produziu isto mesmo em vós, que segundo Deus fostes contristados! que<br />

apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! em tudo<br />

mostrastes estar puros neste negócio.” 2 Coríntios 7:9-11.<br />

Este é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno<br />

arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o<br />

que tinha roubado, confessa os pecados, e ama a Deus e seus semelhantes, pode o<br />

pecador estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram estes os efeitos que, em anos<br />

anteriores, se seguiram às ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos,<br />

sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos homens e para reerguimento<br />

da humanidade. Muitos dos despertamentos dos tempos modernos têm, no entanto,<br />

apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos<br />

primitivos tempos se seguiam aos labores dos servos de Deus. É verdade que se desperta<br />

grande interesse, muitos professam conversão, e há larga afluência às igrejas; não<br />

obstante, os resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento<br />

correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que chameja por algum tempo logo<br />

fenece, deixando as trevas mais densas do que antes.<br />

Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à<br />

imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendose o amor ao que é novo e<br />

surpreendente. Conversos ganhos desta maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade<br />

bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto<br />

assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é <strong>ate</strong>ndida a mensagem<br />

que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que<br />

diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério.<br />

Para toda alma verdadeiramente convertida, a relação com Deus e com as coisas<br />

eternas será o grande objetivo da vida. Mas onde, nas igrejas populares de hoje, o espírito<br />

de consagração a Deus? Os conversos não renunciam ao orgulho e amor do mundo. Não<br />

estão mais dispostos a negar-se, tomar a cruz, e seguir o manso e humilde Nazareno, do<br />

que estiveram antes de se converter. A religião tornouse o entretenimento dos incrédulos<br />

e cépticos, porque tantos que são portadores de seu nome lhes desconhecem os<br />

princípios. O poder da piedade quase desapareceu de muitas das igrejas. Piqueniques,<br />

representações teatrais nas igrejas, quermesses, casas elegantes, ostentação pessoal,<br />

desviaram de Deus os pensamentos. Terras e bens, e ocupações mundanas absorvem a<br />

mente, e as coisas de interesse eterno mal recebem <strong>ate</strong>nção passageira.<br />

Apesar do generalizado declínio da fé e da piedade, há verdadeiros seguidores de<br />

Cristo nestas igrejas. Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre<br />

o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado<br />

desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus

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