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Desde a Monarquia ate a Anarquia

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

Mais do que todas, uma hedionda figura tornou-se tão familiar como se existisse desde o início dos tempos, uma afiada figura de gênero feminino chamada La Guillotine. Era o tema popular dos gracejos; indicada como o melhor tratamento para dor de cabeça ou como a melhor forma de evitar cabelos brancos, imprimia uma peculiar delicadeza à compleição física, era a Navalha Nacional que proporcionava um corte de barba mais rente; aqueles que beijavam La Guillotine espiavam pela janelinha e espirravam no saco. Era o sinal da regeneração da raça humana. Suplantava a cruz. Miniaturas dela eram exibidas sobre os seios de onde o crucifixo fora descartado, era objeto de veneração e crença quando a cruz era negada. Decepou cabeças tantas que se tingiu, e ao chão que poluiu tanto, de um vermelho pútrido. Foi desmontada, como um simples brinquedo, um quebracabeça de algum demônio infante, e foi novamente montada quando a ocasião exigiu.

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Da <strong>Monarquia</strong> à <strong>Anarquia</strong><br />

“E Ele firmará concerto com muitos por uma semana.” A “semana”, a que há<br />

referência aqui, é a última das setenta, são os últimos sete anos do período concedido<br />

especialmente aos judeus. Durante este tempo, que se estende do ano 27 ao ano 34 de<br />

nossa era, Cristo, a princípio em pessoa e depois pelos Seus discípulos, dirigiu o convite<br />

do evangelho especialmente aos judeus. Ao saírem os apóstolos com as boas novas do<br />

reino, a recomendação do Salvador era: “Não ireis pelos caminhos das gentes, nem<br />

entrareis em cidades de samaritanos; mas ide às ovelhas perdidas da casa de Israel.”<br />

M<strong>ate</strong>us 10:5, 6. “Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares.”<br />

No ano 31 de nossa era, três anos e meio depois de Seu batismo, nosso Senhor foi<br />

crucificado. Com o grande sacrifício oferecido sobre o Calvário, terminou aquele sistema<br />

cerimonial de ofertas, que durante quatro mil anos haviam apontado para o Cordeiro de<br />

Deus. O tipo alcançou o antítipo, e todos os sacrifícios e ofertas daquele sistema<br />

cerimonial deveriam cessar.<br />

As setenta semanas, ou 490 anos, especialmente conferidas aos judeus, terminaram,<br />

como vimos, no ano 34. Naquele tempo, pelo ato do Sinédrio judaico, a nação selou sua<br />

recusa do evangelho, pelo martírio de Estêvão e perseguição aos seguidores de Cristo.<br />

Assim, a mensagem da salvação, não mais restrita ao povo escolhido, foi dada ao mundo.<br />

Os discípulos, forçados pela perseguição a fugir de Jerusalém, “iam por toda parte,<br />

anunciando a Palavra.” Filipe desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo. Pedro,<br />

divinamente guiado, revelou o evangelho ao centurião de Cesaréia, Cornélio, que era<br />

temente a Deus; e o ardoroso Paulo, ganho à fé cristã, foi incumbido de levar as alegres<br />

novas “aos gentios de longe.” Atos 8:4, 5; Atos 22:21.<br />

Até aqui, cumpriram-se de maneira surpreendente todas as especificações das<br />

profecias e fixa-se o início das setenta semanas, inquestionavelmente, no ano 457 antes<br />

de Cristo, e seu termo no ano 34 de nossa era. Por estes dados não há dificuldade em<br />

achar-se o final dos 2.300 dias. Tendo sido as setenta semanas -490 dias -separadas dos<br />

2.300 dias, ficaram restando 1.810 dias. Depois do fim dos 490 dias os 1.810 dias<br />

deveriam ainda cumprir-se. Contando do ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem a<br />

1844. Conseqüentemente, os 2.300 dias de Daniel 8:14 terminam em 1844. Ao expirar<br />

este grande período profético, “o santuário será purificado”, segundo o testemunho do<br />

anjo de Deus. Deste modo foi definitivamente indicado o tempo da purificação do<br />

santuário, que quase universalmente se acreditava ocorresse por ocasião do segundo<br />

advento.<br />

Miller e seus companheiros a princípio creram que os 2.300 dias terminariam na<br />

primavera de 1844, ao passo que a profecia indicava o outono daquele ano. A<br />

compreensão errônea deste ponto trouxe desapontamento e perplexidade aos que haviam<br />

fixado a primeira daquelas datas para o tempo da vinda do Senhor. Isto, porém, não<br />

afetou nem de leve a força do argumento que mostrava terem os 2.300 dias terminado no

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